Segurança
Farmacêutica que vendeu curso de peeling de fenol pode responder criminalmente
A farmacêutica de Curitiba Daniele Stuart, que vendeu o curso de peeling de fenol feito pela influenciadora Natalia Becker, vai responder por exercício ilegal da medicina. A informação foi confirmada pela delegada Aline Manzatto, da Polícia Civil do Paraná.
Daniele foi ouvida pela Delegacia de Repressão Aos Crimes Contra a Saúde (Decrisa). Ela começou a ser investigada após pedido da Polícia Civil de São Paulo, que apura o caso da morte de Henrique Chagas – empresário de 27 anos que morreu após aplicação do peeling de fenol em São Paulo, na clínica de Natalia Becker.
A delegada Aline Manzatto afirmou que uma resolução do Conselho Federal de Farmácia autorizava farmacêuticos a fazer procedimentos invasivos, como peeling químico. Porém, de acordo com a delegada, uma liminar suspendeu a resolução, proibindo farmacêuticos de realizar tais procedimentos.
“Nesse caso, a farmacêutica que deu o curso vai responder pelo exercício ilegal da profissão de médico. Consequentemente, o curso que ela estava dando também é irregular e ela vai prestar informações. Nós vamos colher mais informações e, se for o caso, indiciá-la por possível crime, até mesmo de falsificação de documento”, disse a delegada.
Advogado diz que farmacêutica podia aplicar e ministrar curso de peeling de fenol
O Massa News entrou em contato com Jeffrey Chiquini, advogado que representa Daniele Stuart, para um posicionamento sobre a fala da delegada.
Chiquini rebateu a fala e voltou a dizer que Daniele era habilitada para aplicar o procedimento.
“A resolução 645 de 2017, do Conselho Federal de Farmácia, autoriza em seu artigo 3º que profissionais farmacêuticos pós-graduados em estética realizem peelings químicos. A professora Daniele é especialista, é pós-graduada em estética avançada, ou seja, respeitou o regramento da legislação vigente. Aquela senhora autora de um crime de homicídio, que não era habilitada para atuar, é que deve ser responsabilizada pelo seu erro e pela morte que deu causa”, afirmou.
Leia mais sobre o caso: