Crime familiar

Caso Irmãos Menendez: Justiça dos EUA muda pena para 50 anos

Redução de pena abre possibilidade de liberdade condicional para Lyle e Erik Menendez, condenados por matar os pais em 1989.

14 de maio de 2025 às 14:32Atualizado em 14 de maio de 2025 às 14:35
Caso Irmãos Menendez: Justiça dos EUA muda pena para 50 anos
por: Luiz Henrique de OliveiraCom: SBT News
irmãos menendez
Foto: Getty Images/BBC News Brasil

O Tribunal Superior de Los Angeles anunciou nesta terça-feira (13) a redução das penas dos irmãos Lyle e Erik Menendez, condenados em 1996 à prisão perpétua pelo assassinato dos próprios pais. Com a nova decisão, eles passam a cumprir pena mínima de 50 anos, o que permite o pedido de liberdade condicional.

Entenda o que muda com a nova pena

A mudança ocorre após a defesa apresentar novas evidências sobre abusos cometidos pelo pai dos réus, José Menendez, o que teria motivado o crime. Segundo o juiz Michael Jesic, a medida não garante a liberdade imediata, mas reconhece o direito de reavaliação.

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“Não estou dizendo que eles devem ser soltos — isso não cabe a mim decidir. Mas acredito que eles já fizeram o suficiente nesses 35 anos para merecer essa chance”, declarou o magistrado.

De acordo com a legislação da Califórnia, condenados por crimes cometidos antes dos 26 anos — caso dos irmãos Menendez — podem solicitar liberdade condicional após 25 anos. Agora, o Conselho Estadual de Liberdade Condicional será responsável por analisar o pedido.

Entre os próximos passos está a realização de uma audiência marcada para junho. O governador da Califórnia, Gavin Newsom, solicitou uma avaliação de risco que já foi concluída. A defesa deverá provar que os irmãos não representam perigo à sociedade.

Relembre o caso dos irmãos Menendez

O crime ocorreu em agosto de 1989, na mansão da família Menendez, em Beverly Hills. José e Kitty Menendez foram mortos a tiros enquanto assistiam televisão. Lyle, então com 21 anos, e Erik, com 18, usaram uma espingarda comprada dias antes.

Durante o novo julgamento, a dupla alegou legítima defesa, relatando anos de abusos sexuais e emocionais dentro de casa. Já os promotores sustentaram que o crime foi premeditado, com o objetivo de obter a herança dos pais.

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