Polícia Científica coletou 400 vestígios das vítimas da explosão

explosao-quatro-barras-vitimas — Foto: COBOM

Dois dias após a explosão em Quatro Barras, equipes especializadas do Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Militar, Polícia Científica e Polícia Civil seguem trabalhando na fábrica Enaex Brasil, na Região Metropolitana de Curitiba, para identificar as vítimas do acidente.

Buscas por vestígios das vítimas avançam no local da explosão

Segundo a Polícia Científica, cerca de 400 vestígios já foram coletados seguindo o protocolo de Identificação de Vítimas de Desastre (DVI), da Interpol. O trabalho garante respostas humanizadas e ágeis às famílias afetadas.

O local da explosão em Quatro Barras foi dividido em nove quadrantes para facilitar a varredura. O trabalho envolve mais de 50 profissionais, incluindo equipes da Enaex. Além disso, a Secretaria da Segurança Pública do Paraná solicitou apoio técnico de outros estados e da Polícia Federal, agilizando o processamento das informações.

O protocolo DVI é utilizado no Brasil pela Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG), responsável por casos de tragédias como Brumadinho, as chuvas no Rio Grande do Sul e o acidente aéreo de Vinhedo.

Desafios na coleta de vestígios das vítimas

A explosão em Quatro Barras gerou uma cratera de mais de três metros no epicentro, aumentando a complexidade da investigação. De acordo com a capitã Luisiana Cavalca, porta-voz do CBMPR, buscas estão sendo realizadas na mata e nos escombros de edificações próximas.

“Houve muita movimentação de terra que pode conter vestígios que a Polícia Científica precisa coletar. As buscas continuarão conforme forem encontrados novos vestígios”, afirmou a capitã.

Apoio das forças de segurança nas buscas

A Polícia Civil continua investigando, coletando vídeos, ouvindo testemunhas e reunindo informações complementares.

Segundo o secretário da Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira, o trabalho visa avançar com agilidade, respeitando protocolos de segurança e garantindo suporte às famílias das vítimas. A expectativa é concluir a operação em até 15 dias.

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