Bolsonaro é preso preventivamente pela Polícia Federal

bolsonaro-preso-preventivamente — Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro teve a prisão preventiva decretada pelo STF no início da manhã deste sábado (22). A decisão foi tomada após a Polícia Federal apontar risco de fuga e possível mobilização de apoiadores para obstruir medidas cautelares.

STF determina prisão preventiva de Bolsonaro após vigília

A prisão de Bolsonaro foi solicitada pela Polícia Federal e autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, em medida cautelar que não se relaciona diretamente com a condenação por tentativa de golpe de Estado.

O fundamento principal da decisão foi uma vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro, que teria sinalizado possível articulação para dificultar a fiscalização judicial. Bolsonaro também teria tentado romper a tornozeleira eletrônica durante a madrugada.

Moraes afirmou que o ato lembrava o “modus operandi” de uma organização voltada a provocar tumulto e interferir na efetividade da lei penal. Segundo o ministro, a mobilização também poderia servir para eventual tentativa de fuga, retomando apurações que indicaram plano anterior de Bolsonaro para buscar asilo na embaixada da Argentina.

Como ocorreu a prisão de Bolsonaro

Bolsonaro foi preso por volta das 6h, sem apresentar resistência. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro não estava na residência durante o cumprimento do mandado.

O comboio da PF chegou à sede da corporação às 6h35. Após os procedimentos iniciais, o ex-presidente foi encaminhado à Superintendência da PF no Distrito Federal, onde permanece em uma Sala de Estado, espaço destinado a autoridades.

A PF informou que a prisão é preventiva e cumpre ordem do STF. Segundo a defesa, os advogados ainda não haviam sido comunicados oficialmente até as 6h40.

Condenação e pedido da defesa

Embora Bolsonaro tenha sido condenado a 27 anos e 3 meses por tentativa de golpe de Estado, a prisão preventiva deste sábado não decorre dessa condenação, que ainda está em fase de recursos.

Os advogados afirmaram que iriam recorrer da condenação, mas solicitaram urgência para que Bolsonaro permanecesse em casa durante a tramitação dos recursos.