Moraes autoriza Bolsonaro a receber visitas de familiares

bolsonaro-prisao-domiciliar — Foto: Valter Campanato/Agência Brasil / Gustavo Moreno / STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou visitas sem necessidade de aval prévio de filhos, netos e demais familiares ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que está em prisão domiciliar desde a última segunda-feira (4).

STF libera visitas de parentes a Bolsonaro preso em casa

A medida flexibiliza parcialmente as regras iniciais impostas no início da semana, quando Moraes determinou a prisão domiciliar por descumprimento de medidas cautelares anteriormente estabelecidas.

A decisão do STF foi motivada pelo uso indevido de redes sociais. Segundo Moraes, Bolsonaro utilizou perfis de aliados, incluindo seus filhos parlamentares, para divulgar mensagens que incentivariam ataques ao Supremo e sugeririam apoio à intervenção estrangeira no Judiciário brasileiro.

Publicações de familiares foram o estopim

No domingo (3), uma publicação feita na conta do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), com um vídeo do pai direcionado a apoiadores, foi usada como base para a prisão. A postagem foi removida horas depois.

Moraes considerou o ato uma violação direta das regras impostas em julho de 2025, que proibiam o ex-presidente de usar redes sociais, inclusive por meio de terceiros. A justificativa do ministro citou o “flagrante desrespeito às medidas cautelares”.

Parlamentares ocupam o Congresso em protesto

A decisão que colocou Bolsonaro em prisão domiciliar provocou reação imediata de aliados no Congresso Nacional. Desde terça-feira (5), deputados e senadores da oposição ocupam as mesas diretivas da Câmara e do Senado como forma de protesto.

A movimentação levou ao cancelamento de sessões nas duas Casas. Presidentes das mesas, como Davi Alcolumbre e Hugo Motta, convocaram reuniões com lideranças partidárias para tentar encerrar as ocupações.

O que pede a oposição no “pacote de paz”

Durante uma coletiva de imprensa, parlamentares de oposição apresentaram um conjunto de propostas, batizado de “pacote de paz”, com as seguintes pautas: