RÉU!

Ex-prefeito do Paraná vira réu por cursar Medicina durante mandato

Ele foi prefeito entre 2017 e 2024.

clodoaldo-fernandes-dos-santos
Foto: Reprodução/TSE

O ex-prefeito de Nova Tebas, na região central do Paraná, Clodoaldo Fernandes dos Santos, virou réu por cursar Medicina em horário integral.

O ex-gestor municipal fez a faculdade durante o horário de trabalho na Prefeitura de Nova Tebas. Clodoaldo foi prefeito entre 2017 e 2024.

Clodoaldo cursou Medicina em Campo Mourão

O Ministério Público do Paraná (MPPR) entrou com uma ação contra o ex-prefeito por improbidade administrativa.

De acordo com as investigações, ele cursou Medicina entre julho de 2021 e dezembro de 2023, em tempo integral, em Campo Mourão, que fica a pouco mais de 70 quilômetros de Nova Tebas.

LEIA TAMBÉM

As apurações, iniciadas em 2023, comprovaram que o então prefeito trancou a matrícula para o ano de 2024.

Salário de Clodoaldo continuou sendo pago

Durante esse período, Clodoaldo Fernandes dos Santos continuou recebendo salário como prefeito, mesmo estudando em tempo integral.

“Atividade de interesse particular e em afronta ao interesse público, considerando a incompatibilidade de horários”, afirmou o MPPR.

Segundo o Ministério Público, o prejuízo total foi de R$ 469.203,47, somando: R$ 409.136,21 em salários pagos a ele no período; e R$ 60.067,26 em diárias recebidas para supostos compromissos oficiais em outras cidades.

O MPPR informou que, antes de entrar com a ação judicial, a Promotoria tentou resolver o caso de forma extrajudicial, enviando uma recomendação administrativa.

“O então prefeito, entretanto, não acatou as orientações e solicitou a prorrogação do prazo concedido para o saneamento da situação”, informou o MPPR.

Clodoaldo pode ser condenado

Com a ação apresentada à Justiça, o Ministério Público pediu que o ex-prefeito seja condenado por improbidade administrativa. Se condenado, ele poderá perder cargos públicos, ficar proibido de firmar contratos com o governo e ainda ser obrigado a devolver todo o valor do prejuízo causado aos cofres públicos.

Para mais notícias de política, acesse o Massa.com.br