EM VOTAÇÃO SIMBÓLICA
Edson Fachin é o novo presidente do STF: Moraes será o vice
TRAMA GOLPISTA
Ex-presidente Jair Bolsonaro é réu na ação penal que investiga a trama golpista que culminou nos atos de 8 de janeiro.
Começa no dia 2 de setembro o julgamento de Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF). O processo pode terminar com a condenação do ex-presidente e mais sete aliados pela trama golpista que tinha o objetivo de reverter o resultado das eleições de 2022.
A sessão vai começar às 9h com a abertura do ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma.
Na sequência, o ministro Alexandre de Moraes fará a leitura do relatório com o resumo de todas as etapas do processo. O relator vai abordar desde o início das investigações até a entrega das alegações finais, que representa o último passo antes do início do julgamento.
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Após o fim dessa etapa, Zanin passa a palavra para acusação e defesa dos oito réus no processo, antes da votação dos ministros e do anúncio da decisão.
A ação penal que investiga a trama golpista será julgada pela Primeira Turma do STF porque o Moraes, o relator do processo, pertence à Primeira Turma.
Considerado o núcleo crucial da trama golpista, o grupo que será julgado pelo STF é formado por
Todos os réus da trama golpista respondem cinco crimes:
A única exceção neste caso é de Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin e atual deputado federal. Ele teve parte das acusações suspensas e só responderá a três dos cinco crimes, conforme previsto na Constituição.
Foram suspensas as acusações para os crimes de dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União e de deterioração do patrimônio tombado, relacionado aos atos golpistas de 8 de janeiro.
Ramagem ainda é réu por golpe de Estado, organização criminosa armada e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito
A acusação fica com o procurador-geral da República, Paulo Gonet, que terá até uma hora para defender a condenação de todos os réus.
Após o posicionamento de Gonet, os advogados dos réus serão chamados à tribuna para fazer as sustentações orais em defesa dos acusados, cada um também com o prazo de até uma hora.
Assim que encerrarem os debates, começa a votação dos ministros da Primeira Turma do STF no julgamento de Bolsonaro. O primeiro será o relator da ação penal, Alexandre de Moraes.
Caberá a ele analisar as questões levantadas pelos advogados de defesa dos réus, como eventuais pedidos de nulidade da delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e um dos réus na ação penal, além das alegações de cerceamento de defesa, pedidos de absolvição e remoção do caso do STF.
Em todas essas situações, Moraes poderá pedir que a turma delibere sobre os pontos levantados pelos defensores ou deixar a análise desses quesitos para votação junto ao mérito do processo.
A partir das decisões sobre as questões preliminares, o ministro então vai se pronunciar sobre o mérito do processo – na prática, anunciará se absolve ou condena os acusados, e anuncia o tempo de pena de cada um.
Na sequência, votam os outros membros da Primeira Turma, nessa ordem: Flávio Dino; Luiz Fux; Cármen Lúcia; Cristiano Zanin.
Bolsonaro e os outros sete réus serão condenados ou absolvidos com o voto de três dos cinco ministros que compõem o colegiado.
Qualquer um dos ministros pode pedir vistas do processo e, assim, o julgamento de Bolsonaro e dos outros réus pode ser adiado.
Pelo regimento interno do STF, qualquer ministro que participa do colegiado pode pedir mais tempo para analisar o caso e suspender a sessão. Caso isso aconteça, o prazo máximo para que o caso volte a ser julgado é de 90 dias.
Não, porque a prisão de eventuais condenados não pode ocorrer de forma automática. Ela só será efetivada depois que todos os recursos contra a condenação forem julgados.
Caso sejam condenados, os réus não ficarão em presídios comuns porque, conforme o Código de Processo Penal (CPP), oficiais do Exército têm direito a prisão especial.
Entre os réus, há cinco militares do Exército, um da Marinha e dois delegados da Polícia Federal, que também são beneficiados pela restrição.
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