R$ 4 BI EM INVESTIMENTOS

Transporte público em Curitiba: o que diz projeto de nova concessão

Projeto da nova concessão do transporte público em Curitiba prevê uma série de investimentos e ampliação da frota elétrica.

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Foto: Ricardo Marajó/Secom

O projeto do novo contrato de concessão do transporte público de Curitiba foi apresentado aos vereadores da cidade nesta segunda-feira (11), durante audiência na Câmara Municipal. As informações foram detalhadas por Ogeny Pedro Maia Neto, presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs).

Entre as principais novidades, o projeto prevê investimentos de quase R$ 4 bilhões no transporte público de Curitiba nos próximos 15 anos, além de integração temporal ampla, aumento da frota elétrica, novas linhas de ônibus, renovação da frota à diesel, e criação de um fundo garantidor de segurança financeira ao sistema.

Transporte público: nova concessão terá consulta pública

Durante a audiência pública, Ogeny também confirmou que o projeto será pautado pela transparência e com participação ativa da comunidade. Já há uma consulta pública prevista para 19 de setembro e outras duas audiências públicas nos dias 1 e 10 de outubro.

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O edital deve ser publicado em novembro, e o leilão está previsto para acontecer em janeiro do ano que vem na Bolsa de Valores (B3), em São Paulo. O início do contrato tem previsão para junho de 2026.

O edital foi estruturado pela Prefeitura de Curitiba em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES).

Valor da passagem será mantido, garante Urbs

Segundo o presidente da Urbs, o período de transição entre o antigo e o novo contrato de concessão deve durar até 24 meses e, nesse intervalo, a tarifa será mantida em R$ 6,00. O objetivo, segundo Ogeny, é garantir uma transição suave para o usuário.

Além disso, o governo municipal aguarda a Câmara colocar em votação o projeto de lei que altera a lei 12.597/2008, que regulamenta o sistema do transporte público de Curitiba e prevê a extensão do contrato atual por mais dois anos.

O projeto, que deve ser colocado na pauta dos vereadores nas próximas semanas, é visto como crucial pela Prefeitura para que o projeto da nova concessão possa seguir os prazos legais sem que haja a interrupção do serviço à população até que o novo contrato entre em operação.

“Queremos uma transição suave, para que o usuário não sofra nenhum abalo pela entrada da nova concessão. Vamos garantir a continuidade do serviço e do preço pago pelo usuário”, ressaltou o presidente da Urbs.

Novo contrato prevê R$ 3,9 bi em investimentos

De acordo com Ogeny Pedro, os investimentos previstos incluem a compra de 245 ônibus elétricos em cinco anos, outros 149 veículos a diesel no começo do contrato e mais 1.084 ônibus ao longo dos 15 anos de vigência do contrato.

Também faz parte da projeção de investimentos a construção de dois eletropostos públicos, com 42 carregadores nos próximos cinco anos, além da infraestrutura completa de carregamento nas garagens, com 107 carregadores.

O objetivo é que a frota de ônibus em Curitiba tenha um terço dos assentos em veículos zero emissões até 2031. Ogeny reforça que o edital terá cinco lotes que vão abranger todo o sistema, exceto a Linha Turismo.

Serão dois lotes para os eixos Norte/Sul e Leste/Oeste, um para Linhas Diretas/Ligeirinhos e mais dois para os ônibus convencionais.

Atualmente, a Rede Integrada do Transporte de Curitiba tem 309 linhas, 22 terminais, 329 estações-tubo e mais de 1.180 ônibus na frota, com capacidade para transportar até 555 mil passageiros/dia, com 6,4 milhões de viagens por mês.