Saúde

298 cidades do Paraná não registram mortes por covid-19 há dois meses

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Foto: José Fernando Ogura/AEN

Apesar do aumento no número de infecções pela covid-19 no Paraná, especialmente com a circulação da variante Ômicron, 298 cidades (74,6% do estado) não registram mortes pela doença há dois meses (20 de novembro a 20 de janeiro). Isso significa que a cada quatro municípios, três não tiveram mortes nesse período.

Em alguns locais, como Pinhal de São Bento e Jardim Olinda, as últimas mortes em decorrência do vírus foram registradas em abril de 2021. São 39 cidades que estão há mais de 200 dias sem óbitos e, se a análise baixar para 150 dias, são 113 municípios nessa condição. Os dados são da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

A queda no número de mortes em todo o estado é resultado da vacinação em massa. Até o momento, o Paraná tem mais de 70% da população completamente imunizada com segunda dose ou dose única. O impacto disso no número de mortes pode ser exemplificado em um comparativo dos períodos. Entre novembro de 2020 e janeiro de 2021, o número de mortes registradas foi de 5.211. No mesmo período, um ano depois, entre 2021 e 2022, foram 566. Nos primeiros 20 dias de janeiro, 71 paranaenses morreram, menor resultado desde abril de 2020.

“Sem a vacina, teríamos perdido a vida de ainda mais paranaenses. Com o avanço da campanha de imunização, conseguimos frear a evolução da doença no Paraná. A queda na mortalidade sem dúvida é reflexo da efetividade e segurança das vacinas”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

Até o momento, foram 19.202.935 vacinas aplicadas na população geral, sendo que, destas, 9.106.027 foram destinadas à primeira dose, e 8.434.414 à segunda dose ou dose única. As doses de reforço em idosos e imunossuprimidos já contabilizam 1.177.109 aplicações.

Salto de casos

Mesmo com a queda no número de mortes, os casos tiveram um salto no início do ano. Somente nos primeiros dias de janeiro, foram 167.278 infectados.

“Com a chegada da variante Ômicron ao Paraná, percebemos a mudança no padrão de contaminação. Estamos diante de algo que é muito difícil de controlar e só estamos conseguindo evitar mais óbitos do que já vínhamos contando, porque temos uma população vacinada”, afirmou o secretário.

Ômicron

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Paraná confirmou na quarta-feira (19) à Secretaria de Estado da Saúde, que o índice de predominância da variante Ômicron gira em torno de 85,3%. Dentro de 190 novas amostragens analisadas, 162 positivaram para a cepa, e 28 para a Delta, que era predominante no estado em 2021.

O relatório de circulação de linhagens do vírus Sars-CoV-2, responsável pela Covid-19, do Instituto Carlos Chagas, já havia confirmado a predominância da variante no sequenciamento genômico do último sábado (15). A análise considera testes coletados entre 3 e 9 de janeiro deste ano nas quatro macrorregiões do Estado em parceria com o Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP).

O primeiro caso da variante Ômicron foi confirmado no Paraná no dia 12 de janeiro, um paciente de 24 anos residente em Curitiba, com caso confirmado para a covid-19 em dezembro.

Confira o levantamento completo.

Informações da Agência Estadual de Notícias