Saúde
Campanha de março faz prevenção ao câncer colorretal


No calendário médico cada mês ganha uma cor e cada cor simboliza uma luta. Em março a comunidade trabalha para conscientizar e prevenir o câncer colorretal. Também conhecido como câncer de intestino, ele é um tumor comum e agressivo se for diagnosticado tardiamente.
No Brasil são mais de 35 mil casos ao ano e esse tipo de câncer compreende os tumores que começam na parte do intestino grosso, chamado de cólon, e no reto (final do intestino, antes do ânus). É um câncer que pode ser tratado e, em sua maioria, tem cura quando é diagnosticado em fase inicial e quando ainda não se espalhou para outros órgãos. O Paraná tem a quinta maior prevalência do tumor no país.
Com cerca de três mil novos casos a cada ano, o câncer colorretal tem percentual de cura que varia entre 90 e 95%. Com a pandemia do coronavírus, entretanto, diminuíram os exames preventivos e, por consequência, aumentaram os casos entre adultos jovens.
“A maioria dos tumores nessa região começam com a formação de pólipos que são adenomas (lesões benignas) que crescem na parede do cólon e, por diferentes fatores – como histórico familiar e até mesmo estilo de vida não saudável – podem se transformar em câncer”, explica o radio oncologista do Instituto Radion, Gustavo Smaniotto.
Em estudo recente, o Inca concluiu que, quase 30% de todos os cânceres colorretais (ou de intestino) podem ser evitados. Para isto, basta que seja adotada uma alimentação saudável, prática de atividades físicas com orientação especializada, entre outras medidas preventivas, como evitar o tabagismo e o excesso de consumo de álcool.
Fatores de Risco
Idade igual ou superior a 50 anos;
Sobrepeso, obesidade e má alimentação;
Cigarro e consumo de bebidas alcoólicas;
Sedentarismo;
Histórico familiar;
Doenças inflamatórias do intestino.
Quais são os sintomas da doença?
O câncer colorretal é assintomático e atinge homens e mulheres. Na maioria das vezes não apresenta sintomas em estágio inicial. Mas alguns sinais devem ser observados com maior atenção:
Sangue nas fezes;
Diarreia e/ou prisão de ventre (alternados);
Dor e desconforto na região abdominal;
Fraqueza e anemia;
Perda de peso sem causa aparente;
Alteração na forma das fezes (geralmente finas e compridas);
Tumor/Massa abdominal;
Histórico familiar.
Diagnóstico
A detecção da doença acontece por meio de exames clínicos, laboratoriais e radiológicos em pessoas com sintomas ou em pacientes com maiores riscos de desenvolver a doença. É preciso fazer biópsia e a retirada da amostra, para confirmação, acontece através de um aparelho introduzido no reto, o endoscópio.