Saúde

Como evitar as alergias respiratórias de outono

Close-up portrait of cute young ginger girl sneezing in napkin while standing against gray background. Woman has flu so she can not go to work today. Student crying while watching melodrama
Foto: Freepik

Medidas preventivas vão desde arrumar a cama, passando por evitar ficar ao ar livre em alguns horários até imunoterapia

Com a chegada do outono também começa a temporada das alergias respiratórias. Crises de rinite e asma, principalmente, tornam-se mais comuns devido às mudanças ambientais, que influenciam o sistema respiratório. “A floração outonal de algumas plantas pode desencadear sintomas em pessoas com alergias a pólens, assim como a mudança de clima pode irritar a mucosa respiratória de pessoas suscetíveis e desencadear as crises de rinite”, explica Dra. Mariele Bolzan Lovato, médica otorrinolaringologista do Hospital São Vicente Curitiba.

Uma medida preventiva é evitar abrir a casa nos períodos do dia com maior polinização. “Os horários com maior concentração de pólen no ar costumam ser no início da manhã, até às 10h, e nos finais de tarde, até 19h. Hoje, muitos aplicativos de meteorologia indicam esses períodos”, observa a médica otorrinolaringologista. Se possível, ainda é recomendado não praticar exercícios físicos ou se expor ao ar livre nesses horários.

Outro fator importante é a limpeza de aquecedores e de filtros do ar-condicionado para que não espalhem “sujeira” pelo ar. “Muitas pessoas costumam atribuir que ficaram doentes devido ao ar frio, pode acontecer, sim, mas muitas vezes é o ‘ar sujo’ que desencadeou uma rinite”, explica Dra. Mariele Bolzan Lovato.

A limpeza deve se estender por toda a casa, mas evitando vassouras, com a utilização de panos úmidos. Arrumar a cama todo dia também é uma forma de proteção, pois colocar uma colcha ou cobre leito na cama durante o dia, tirando na hora de dormir, ajuda a diminuir a quantidade de alérgenos em travesseiros e lençóis.

Mas, existem ainda tratamentos que ajudam a tentar evitar crises constantes de rinite e asma. Vacinas podem ser indicadas em alguns casos, assim como a Imunoterapia Alérgeno Específica, que induz o organismo a não reagir aos tipos de pólens que a pessoa tem alergia, especialmente nos casos de rinite.

“O tratamento com imunoterapia é feito por meio de medicações manipuladas e tem duração de três a cinco anos, com resultados que podem durar de cinco a 15 anos. Se você tem crises intensas passará a ter crises mais leves ou até passar a não tê-las”, esclarece a médica otorrinolaringologista.

Rinite ou resfriado?

Secreção no nariz, obstrução nasal, coceira, leve dor de cabeça e garganta e sensação de febre costumam ser sintomas de rinite, porém podem indicar um resfriado, gripe ou até Covid-19. Por isso, em casos de crises é sempre recomendado procurar um atendimento médico para fazer o diagnóstico e tratamento correto, assim como evitar complicações.

Segundo a médica otorrinolaringologista, quando não controladas adequadamente, crises de rinite podem evoluir para sinusite bacteriana e necessidade de uso de antibiótico ou até para crises de asma, exigindo um internamento hospitalar. “Gripes também podem evoluir para pneumonia viral e bacteriana de forma grave e necessitarem de internamento hospitalar”, alerta.

Embora a pandemia da Covid-19 esteja mais controlada, a Dra. Mariele Bolzan Lovato lembra que as medidas de prevenção não podem ser deixadas de lado, já que são as mesmas para evitar justamente gripes e resfriados. “Mantenha os ambientes arejados, evite aglomerações, procure não ficar tocando os olhos e higienize sempre as mãos com sabão ou álcool em gel”, aconselha.