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De R$ 10 a R$ 50: é possível investir no mercado financeiro com pouco dinheiro

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Foto: Freepik

Investir é o caminho apontado por especialistas em finanças para aumentar o patrimônio e conquistar tranquilidade financeira. No entanto, a alta da inflação tem corroído a renda dos brasileiros, que sentem mais dificuldades para guardar dinheiro e aplicá-lo em algum tipo de investimento. Conhecer as opções mais baratas disponíveis no mercado pode ser uma alternativa para esse momento.

De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – fechou o mês de julho em 0,68%. No acumulado dos últimos 12 meses, o resultado alcança dois dígitos (10,07%).

No bolso dos brasileiros, a chamada “inflação real” pode pesar ainda mais, como explica a Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin). Isso porque o IPCA representa a média de preços de uma cesta de produtos e serviços específica. Mas o consumidor pode se deparar com diferentes itens que aumentaram acima da inflação oficial.

Diante da redução do poder de compra, poupar para investir tem sido uma tarefa mais difícil. Nem sempre sobra dinheiro e, quando acontece, o valor tende a ser pequeno. A boa notícia para quem deseja continuar investindo é que o mercado financeiro oferece opções com valores mais acessíveis, abaixo de R$ 50.

Conhecê-las pode ajudar o pequeno investidor a criar ou manter uma carteira diversificada. A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) apenas alerta que o valor não deve ser o único critério analisado na hora de escolher um investimento, sendo necessário também observar a segurança, a rentabilidade e os riscos da operação.

Carteira diversificada com até R$ 50

Entre os produtos de renda fixa, o Tesouro Prefixado e o Tesouro IPCA permitem um aporte inicial de pouco mais de R$ 30. Já na bolsa de valores, há ações de diferentes empresas e fundos de índice (ETFs) com valor abaixo de R$ 50.

Em agosto, as ações da Companhia Paranaense de Energia (CPL6), da Eletrobras (ELET3), da Gol Linhas Aéreas Inteligentes (GOLL4), do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), do Magazine Luiza (MGLU3) e da Via Varejo (VIIA3) eram alguns dos ativos mais baratos listados na Bolsa de Valores (B3). 

Também no mês de agosto, os ETFs XFIX11, SPXB11, GENB11, SMAB11 e CMDB11 integravam a lista dos fundos com cotas comercializadas abaixo de R$ 50.

Entenda os produtos

O Tesouro Prefixado e o Tesouro IPCA são títulos públicos emitidos pelo Governo federal. Exatamente por isso são considerados o tipo de investimento mais seguro do mercado.

Ao comprar um título público, o investidor “empresta” seu dinheiro para resgatá-lo posteriormente com o acréscimo de uma remuneração. O risco de crédito é praticamente inexistente e, por isso, o produto é indicado para quem tem um perfil conservador.

Com relação à rentabilidade, o Tesouro Prefixado remunera o investidor com um percentual determinado no momento da aquisição. Já o Tesouro IPCA acompanha a inflação.

Os investimentos em renda variável são considerados mais arriscados, porém podem propiciar um retorno financeiro mais alto em comparação com os produtos de renda fixa. Por isso, são mais indicados para quem tem um perfil moderado ou arrojado.

Os ETFs são mais seguros em comparação com as ações. Isso porque esse tipo de fundo é composto por diferentes ativos que acompanham um índice de referência. Essa variedade permite minimizar o impacto de perdas. Além disso, os fundos possuem gestão profissional, o que é um facilitador para o investidor iniciante.

Já as ações têm maior volatilidade e, por isso, são consideradas mais arriscadas. Antes de investir, é recomendável estudar o mercado financeiro e acompanhar o desempenho da companhia que oferece o ativo. Esse tipo de aplicação é mais indicado para quem tem perfil moderado ou arrojado. 

Orientação

A orientação do mercado financeiro é que o investidor crie uma carteira de investimentos diversificada, não direcionando recursos de forma exclusiva para um produto ou uma modalidade. A Anbima aconselha distribuir o dinheiro de forma proporcional à tolerância aos riscos das operações. 

Para o pequeno investidor, a orientação é montar uma carteira aos poucos, respeitando os recursos disponíveis, os interesses e o próprio perfil.