Saúde
Paraná defende a vacinação de crianças contra a covid-19, diz Beto Preto


O secretário de Saúde do Paraná, Beto Preto, confirmou que o Paraná vai defender a vacinação de crianças contra a covid-19. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (22) durante participação do gestor da pasta no programa Primeiro Impacto Paraná. As primeiras doses destinadas ao público infantil devem chegar ao Estado em meados de janeiro, conforme ele afirmou.
“Fizemos esse pedido há 90 dias e aguardávamos os estudos da Anvisa. [A chegada de novas doses] deve acontecer do meio para o final de janeiro.”, explica Beto Preto. “Nós aqui do Paraná defendemos sim a vacinação de 5 a 11 anos com a vacina especial da Pfizer, é uma dose menor, já estudada, que estará à disposição da população”, complementa, acrescentando que os pais e responsáveis terão a apalavra final sobre a aplicação.
A vacinação no Paraná para o público adulto também é motivo de preocupação para a Secretaria de Saúde porque, de acordo com o secretário, houve um “discreto afrouxamento por parte da opinião pública em relação à segunda dose, então temos um atraso vacinal de um grupo de pessoas que pode chegar a quase 1 milhão de paranaenses na segunda dose”. Para ele, esse deve ser o maior desafio dos governos estadual e municipais nos próximos meses para que o avanço obtido no combate à pandemia não seja perdido.
O motivo para a preocupação de Beto Preto é a iminente disseminação da variante ômicron ao Paraná. “Hoje, 70% dos casos dos Estados Unidos já são da variante ômicron e isso vai chegar ao Brasil. As vacinas usadas aqui têm eficiência um pouco menor contra essa variante, mesmo assim é o arsenal que dispomos e, por consequência, temos que continuar a vacinação”, pondera.
Liberação de máscaras
Beto Preto também reforça a importância de manter os cuidados não farmacológicos, como a higienização das mãos e o uso constante da máscara em ambientes abertos e fechados. “Iríamos trabalhar para liberar a máscara a partir de 15 de dezembro, mas a chegada da nova variante fez com que tivéssemos cautela nesse momento”, esclarece o secretário.
Diante da expectativa de como a ômicron vai se espalhar pelo Estado, Beto Preto acredita que a flexibilização no uso de máscaras no Paraná só voltará a ser debatido no fim de janeiro, às vésperas do início do Carnaval. “Não dá para tomar nenhuma decisão antes disso”, assegura.
Preocupação com a Influenza
A baixa procura pela vacinação contra a gripe também é motivo de alerta para o governo estadual. “Em 2020, tivemos 98% da utilização do nosso estoque de vacinas [contra a gripe]; em 2021, tivemos 70%”, assegura o secretário.
“As pessoas se preocuparam em vacinar contra o coronavírus e deixaram a grupo um pouco de lado, mas quero chamar a atenção disso”, completa Beto Preto, reforçando que as vacinas em estoque hoje no Paraná ainda não protegem contra a variante ‘H3N2 Darwin’, que vem causando surtos em outras regiões do país, mas ainda assim tem eficácia comprovada contra outras cepas do vírus.
“A vacina da gripe que vai chegar para outono e inverno no ano que vem já vai vir com essa cepa e variantes diferentes da Influenza”, complementa. O Estado já tem 20 casos e uma morte confirmada pela doença, mas segundo o secretário, ainda não há motivo para pânico. “Não estamos em surto, são casos corriqueiros e todos os anos nós registramos de 200 a 300 casos da doença. Infelizmente tivemos um óbito, mas está dentro ainda do que tem acontecido nos últimos anos”, garante.