Saúde

TDAH em Adultos – o que sabemos?

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Foto: Freepik

O TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) é um distúrbio do neurodesenvolvimento que aparece na infância, em geral de maneira precoce, antes da idade escolar. Caso não seja diagnosticado, acompanhado e tratado precocemente, pode acabar prejudicando todo o desenvolvimento acadêmico, pessoal e social da pessoa

Segundo a Priscila Dossi, médica psiquiatra e especialista em infância e adolescência, antigamente os tratamentos não englobavam os adultos: “Acreditava-se que o TDAH era uma disfunção da infância e, por isso, a atenção era dada apenas às crianças, podendo em certos casos, persistir durante a vida adulta. Porém, hoje já se tem estudos que apontam que o TDAH também pode ser diagnosticado somente na vida adulta, ou seja, o indivíduo vive a sua infância sem manifestar os sintomas do TDAH, e apenas na vida adulta é que o diagnóstico acaba sendo encontrado”, afirma.

Diferença entre Adultos e Crianças

No caso do adulto, o que sobressai do famoso triangulo “desatenção, impulsividade e hiperatividade” é justamente a desatenção, que é mais predominante, gerando perda de foco e uma dificuldade maior para reter informações na memória.

“Adultos também tem mais liberdade de ação, mais autonomia, e isso facilita que consiga elaborar estratégias que acabam compensando as limitações impostas pelo TDAH. E deve-se considerar todo o histórico familiar, os valores que recebeu na infância, o ambiente onde foi criado, pois isso também ajudará para que o TDAH não seja tão dominante, resultando em um adulto menos impulsivo ou dados às compulsões”, complementa Priscila Dossi.

Principais Sintomas

Para um diagnóstico preciso é necessário que o paciente passe por uma anamnese detalhada, ou seja, deve passar por uma entrevista feita por um médico especializado; psiquiatra, neurologista ou neuropediatra. Entre os sintomas diagnosticados, se destacam:

  • Perda de Foco
  • Desatenção
  • Dificuldades para reter informações e conteúdo de leituras
  • Dificuldade de expressar ideias
  • Dificuldade para escutar o outro, dificuldade de esperar o seu momento de fala
  • Dificuldade para se colocar em prática as suas ideias e pensamentos
  • Intolerância às situações repetitivas ou monótonas.

Tratamento

O tratamento é uma combinação de medicamentos e intervenção com psicoterapia, além do tratamento para as condições de saúde mental, para cada caso, e que estão associadas.

Os medicamentos incluem antidepressivos, estimulantes e medicamentos indicados para melhorar a cognição do paciente. Além dos remédios, o paciente deve passar com grupos de apoio, terapia cognitiva, terapia-comportamental, terapia cognitivo-comportamental e psico-educação.

“Além do apoio profissional, também se faz necessário o apoio familiar e o entendimento do problema por parte dos familiares e amigos”, finaliza Priscila Dossi.

Informações da assessoria de imprensa