família pede justiça
“Saí com meu pai e voltei com uma jaqueta com tiro”, diz filha de homem baleado
INVESTIGAÇÃO
Um policial civil atirou contra um cliente no tradicional bar.
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) realizou uma reconstituição do crime que matou Antônio Carlos Antunes, de 51 anos, no BarBaran. O crime aconteceu no dia 26 de setembro, em Curitiba.
Na ocasião, um policial civil atirou contra um cliente no tradicional bar no Centro da capital paranaense.
A vítima chegou a ser socorrida com vida e foi encaminhada em estado grave ao Hospital Universitário Evangélico Mackenzie. No entanto, Antônio morreu no dia 1° de outubro.
A equipe da Rede Massa | SBT não pôde acompanhar a simulação, mas conversou com alguns dos envolvidos que estavam presentes na reconstituição.
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De acordo com o delegado Ivo Viana, durante as investigações a equipe sentiu a necessidade de fazer a reconstituição simulada dos fatos.
“O objetivo é entender melhor essa dinâmica do fato e depois analisar em conjunto com os elementos que já produzimos no curso da investigação”, explicou o delegado.
O caso ocorreu após uma briga dentro do banheiro masculino do bar. Segundo relatos do policial, que estava de folga, ele retirou um copo que estava sobre a pia, gerando uma reação agressiva do cliente. O agente alegou ter atirado por legítima defesa, após ser agredido.
Durante a reconstituição, Heitor Bender, advogado de defesa do policial afirmou que o cliente agiu por legítima defesa e afirmou o seu desejo de que o processo seja arquivado.
“A reconstituição simulada do fato só trouxe aquilo que nós já vínhamos comentado desde o começo. Não há dúvidas de que o Marcelo agiu por legítima defesa […]. Esse disparo atingiu a parte lateral, sim, numa região um pouco posterior. Entretanto eles estavam em luta corporal. O Marcelo estava preso entre a parede, a porta e o agressor. Esperamos que o processo seja, o quanto antes arquivado” , afirmou o advogado.
Já a advogada da família da vítima, Caroline Mattar Assad, que irá fazer um confronto documental quando sair o resultado.
“Quando tivermos o resultado, a gente vai confrontar com o que foi dito em delegacia, com o que a gente do laudo da vítima, com o que a gente do laudo do atirador. A gente vai fazer um confronto documental mesmo de tudo. A tese da legítima defesa, por mais que tenha havido a luta corporal, a gente não pode falar por proporcionalidade. Será que era a única forma de repelir? Esse é o ponto central”, alegou.
A reconstituição tem como objetivo replicar a dinâmica dos acontecimentos, permitindo que investigadores, advogados e peritos entendam com precisão o que ocorreu e como os disparos aconteceram. Esse procedimento auxilia na apuração da conduta do policial, na identificação de testemunhas e na produção de provas para o inquérito policial.
Em conversa com a Rede Massa | SBT, as filhas de Antônio pediram por justiça após a morte de Antônio Carlos Antunes, no BarBaran.
“A gente vem revivendo nosso pesadelo todos os dias. Nosso pai foi assassinado, e hoje a gente tá aqui buscando justiça, porque a gente sabe que é totalmente irresponsável um policial sair de folga, beber e estar armado. A gente confia no Ministério Público, na Justiça do Paraná, mas a gente precisa muito de justiça. Eu falo que não é nem pela honra do nosso pai, é porque se mostra o despreparo de um policial. Eu não quero que isso se repita com nenhuma outra família”, lamentou uma das filhas
“É revoltante saber que ele tá solto, saber que ele está vivendo a vida normalmente, enquanto nosso pai tá dentro de um caixão. Meu filho de três anos está doente por que ele não tem mais o avô dele”, afirmou a outra filha.
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