depoimento
“Temi pela minha vida”, diz policial que atirou em cliente no bar
LUTO
Um policial civil de folga atirou contra a vítima.
Antônio Carlos Antunes, de 51 anos, vendedor baleado em um bar de Curitiba, morreu no hospital na madrugada desta quarta-feira (1º). Um policial civil de folga atirou contra a vítima. A informação foi confirmada pelo Hospital Universitário Evangélico Mackenzie ao portal Massa.com.br.
O homem baleado estava internado em estado grave no Hospital Universitário Evangélico Mackenzie, em Curitiba, desde a última sexta-feira (26). O policial civil atirou no abdômen da vítima, que não resistiu aos ferimentos.
Em nota, Caroline Mattar Assad, advogada da família, comunicou que o velório e sepultamento da vítima deve ocorrer na cidade de Erechim, no Rio Grande do Sul.
De acordo com a Polícia Civil do Paraná (PCPR), o disparo aconteceu na sexta-feira (26) após ambos brigarem por um copo de cerveja dentro do banheiro de um bar.
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Marcelo Mariano Pereira, policial civil de folga, foi levado à delegacia após atirar contra Antônio Carlos Antunes. Ele prestou depoimento e foi liberado.
Em nota, a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) comunicou que não foi lavrado auto de prisão em flagrante: “Os elementos iniciais indicam a possibilidade de legítima defesa, como o disparo único, os ferimentos sofridos pelo policial, a permanência no local e o acionamento imediato da Polícia Militar”.
O Barbaran, estabelecimento onde ocorreu o incidente, pediu desculpas aos clientes e lamentou o caso nas redes sociais. Confira:
“É com profundo pesar que comunicamos um grave incidente ocorrido na noite desta sexta-feira no BarBaran.
Durante o funcionamento normal do estabelecimento, ocorreu uma situação envolvendo disparo de arma de fogo nas instalações do bar, resultando em ferimentos a uma pessoa. O incidente foi imediatamente reportado às autoridades competentes.
Prestamos total colaboração às investigações policiais em andamento, bem como disponibilizamos todas as informações e imagens de segurança às autoridades. Reafirmamos nosso compromisso com a segurança de clientes e funcionários.
Pedimos sinceras desculpas a todos que presenciaram esta situação traumática. Nosso estabelecimento sempre se orgulhou de proporcionar um ambiente acolhedor e familiar, e este incidente não representa os valores que defendemos.”
Heitor Luiz Bender, advogado responsável pela defesa do policial civil de folga, comunicou que o cliente reagiu em legítima defesa. Afirmou, também, que o policial foi agredido pelo cliente após retirar um copo que estaria sobre a pia do banheiro.
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Antônio não teria gostado da atitude do policial e, segundo a defesa, começou a ofender o agente de segurança, que teria inicialmente ignorado as ações. O policial, conforme o advogado, agiu em legítima defesa ao disparar somente um tiro para cessar as agressões do cliente.
Caroline Mattar Assad, advogada da família, afirmou que a prisão do policial pode ser solicitada a qualquer momento. Além disso, contestou a versão de legítima defesa do policial civil de folga.
“O Inquérito Policial, que tramita junto à Delegacia de Homicídios de Curitiba, com o advento do falecimento da vítima, deverá prosseguir como homicídio – tendo como autor o policial civil do Paraná, Marcelo Mariano Pereira”, diz a advogada, em nota.
Julia Antunes Reppold Marinho, filha de Antônio Carlos Antunes, homem baleado no BarBaran, disse que às 20h10 o pai enviou uma mensagem para esposa e foi até o banheiro do bar. Segundos depois, o homem foi baleado. Veja:
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