respeito e carinho
BarBaran fecha em luto após morte de cliente baleado no banheiro
LUTO
O policial civil atirou no abdômen da vítima, que não resistiu aos ferimentos.
Julia Reppold Marinho, filha de Antônio Carlos Antunes, homem morto por um policial civil em um bar em Curitiba, publicou uma carta aberta nas redes sociais. Ele faleceu no hospital na madrugada desta quarta-feira (1º), cinco dias após ser baleado.
Antônio Carlos Antunes estava internado em estado grave no Hospital Universitário Evangélico Mackenzie, em Curitiba, desde a última sexta-feira (26). O policial civil atirou no abdômen da vítima, que não resistiu aos ferimentos.
Nas redes sociais, a filha da vítima publicou uma carta aberta ao pai. Confira:
“Pai, você sempre foi a pessoa que mais me amou neste mundo, e eu nunca tive nenhuma dúvida disso. Você era a minha pessoa favorita. A nossa ligação era tão forte que eu tenho certeza de que não nasceu apenas nesta vida …e eu acredito que ainda vamos nos encontrar em muitas outras.
Eu perdi não só o meu pai, mas o meu melhor amigo, aquele que sempre cuidou de mim, que nunca me dizia “não”, que me apoiava e me ajudava a levantar todas as vezes que eu caía. Cadê você agora, pai? Por que me deixou? Eu ainda preciso tanto de você. Por favor, onde quer que esteja, nunca se esqueça do quanto eu te amo. Hoje, sinto que perdi a melhor pessoa da minha vida, e uma parte de mim morreu junto com você.
Mas eu também sei que o seu legado não acabou aqui. Eu vou continuar o que você começou, porque somos muito parecidos, não é? Todo mundo sempre disse isso.. e eu sempre me orgulhei de ser parecida com você.
Cadê você agora, pai? Preciso tanto de você, perdi a melhor pessoa da minha vida. Uma parte de mim morreu”.
Em nota, Caroline Mattar Assad, advogada da família, comunicou que o velório e sepultamento da vítima deve ocorrer na cidade de Erechim, no Rio Grande do Sul.
LEIA TAMBÉM
respeito e carinho
BarBaran fecha em luto após morte de cliente baleado no banheiro
LUTO
Homem baleado por policial de folga em bar morre no hospital
depoimento
“Temi pela minha vida”, diz policial que atirou em cliente no bar
família pede justiça
“Saí com meu pai e voltei com uma jaqueta com tiro”, diz filha de homem baleado
De acordo com a Polícia Civil do Paraná (PCPR), o disparo aconteceu na sexta-feira (26) após ambos brigarem por um copo de cerveja dentro do banheiro de um bar. Marcelo Mariano Pereira, policial civil de folga, foi levado à delegacia após atirar contra Antônio Carlos Antunes. Ele prestou depoimento e foi liberado.
O Barbaran, estabelecimento onde ocorreu o incidente, pediu desculpas aos clientes e lamentou o caso nas redes sociais. Além disso, o local ficou fechado nesta quarta-feira (1º) em luto.
Heitor Luiz Bender, advogado responsável pela defesa do policial civil de folga, comunicou que o cliente reagiu em legítima defesa. Afirmou, também, que o policial foi agredido pelo cliente após retirar um copo que estaria sobre a pia do banheiro.
Antônio não teria gostado da atitude do policial e, segundo a defesa, começou a ofender o agente de segurança, que teria inicialmente ignorado as ações. O policial, conforme o advogado, agiu em legítima defesa ao disparar somente um tiro para cessar as agressões do cliente.
Caroline Mattar Assad, advogada da família, afirmou que a prisão do policial pode ser solicitada a qualquer momento. Além disso, contestou a versão de legítima defesa do policial civil de folga.
“O Inquérito Policial, que tramita junto à Delegacia de Homicídios de Curitiba, com o advento do falecimento da vítima, deverá prosseguir como homicídio – tendo como autor o policial civil do Paraná, Marcelo Mariano Pereira”, diz a advogada, em nota.
Para mais notícias da categoria segurança, acesse o Massa.com.br
CONTEÚDOS RELACIONADOS