Bingo clandestino é reaberto dias após ser fechado pela polícia

Um bingo clandestino em Curitiba voltou a funcionar em menos de uma semana após ser fechado por uma operação conjunta da Polícia Civil e Polícia Militar.

Bingo clandestino volta a operar mesmo após operação policial

O local, frequentado por centenas de pessoas, já havia sido alvo de fiscalização, que resultou na prisão de 10 suspeitos e na apreensão de dinheiro, monitores e equipamentos eletrônicos.

Apesar disso, a atividade ilegal foi retomada, com mesas lotadas e rodadas de jogo acontecendo em ritmo acelerado.

Uma reportagem especial do Tá na Hora Paraná mostra que o espaço funciona com bingo eletrônico, diferente da versão tradicional com roleta e bolinhas. O jogo é contínuo, com rodadas rápidas que colocam os participantes sob constante pressão.

O salão abriga duas salas com diversas mesas, cada uma com até seis cadeiras compartilhadas entre os jogadores. Cartelas são rapidamente substituídas a cada rodada, mantendo a movimentação constante.

Donos do bingo avisam apostadores por WhatsApp

Os donos do bingo clandestino utilizam mensagens enviadas por grupos em redes sociais para avisar os frequentadores sobre o retorno das atividades. A organização conta com uma estrutura de segurança, mesmo sendo uma operação ilegal.

Um dos participantes afirmou que, embora nunca tenha vencido, conhece pessoas que garantem já ter ganho prêmios. No entanto, quem se sente lesado não tem a quem recorrer, já que o bingo opera na ilegalidade.

Jogo ilegal e debate sobre legalização

O funcionamento de jogos de azar no Brasil, incluindo os bingos, é proibido desde 1946, com base em uma lei federal que ainda está em vigor. No entanto, o cenário pode mudar em breve.

No último dia 19 de junho, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou um projeto de lei que propõe a legalização de cassinos, bingos e outras modalidades, como o jogo do bicho. A proposta segue agora para o Plenário da Casa, onde será debatida.

Por enquanto, o bingo continua ilegal, e operações policiais seguem sendo realizadas para coibir sua prática.

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