Segurança
Caso Caio José: GM acusado matar adolescente é afastado


O guarda municipal Edilson Pereira da Silva, acusado de matar o adolescente Caio José Ferreira de Souza Lemes, de 17 anos, foi afastado do cargo após decisão da Secretaria Municipal de Defesa Social e Trânsito.
A decisão foi publicada nesta quinta-feira (14) no Diário Oficial de Curitiba. Assinada pelo secretário Péricles de Matos, a portaria indica que Edilson fica impossibilitado de desempenhar as “atribuições próprias do cargo, exceto as de rádio monitoramento, as administrativas e burocráticas”.
O caso Caio José aconteceu no dia 25 de março na Cidade Industrial de Curitiba (CIC). Segundo o guarda municipal, o jovem reagiu à abordagem do agente com uma faca, momento em que Edilson teria atirado no adolescente para se defender.
Durante a investigação sobre a morte de Caio José, testemunhas negaram que o jovem estivesse armado. A situação envolveu três agentes da Guarda Municipal (GM).
Em setembro de 2023, a Justiça aceitou a denúncia contra os guardas municipais Edilson Pereira da Silva e Edmar Teixeira Junior. O terceiro agente não participou da situação e atuou como testemunha do caso, portanto, não foi denunciado.
Caso Caio José
O Ministério Público do Paraná (MPPR) denunciou Edilson, no dia 30 de maio de 2023, por homicídio doloso (quando há intenção de matar). O MPPR afirmou, no documento, que a motivação para o guarda municipal atirar contra o adolescente teria sido o fato do jovem não obedecer à abordagem feita por ele e outros dois agentes.
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O tiro foi disparado quando o rapaz já estava rendido, de joelhos e com as mãos na cabeça, sem oferecer resistência. Conforme o MPPR, Edmar teria ajudado Edilson a colocar uma faca perto do corpo da vítima com o objetivo de simular legítima defesa.
Edilson se tornou réu pelo crime de homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e meio que impossibilitou a defesa da vítima, e por fraude processual. Edmar é réu pelo crime de fraude processual.