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"As Bruxas de Guaratuba"
STJ manteve decisão que anulou os processos dos acusados no Caso Evandro, após recurso do Ministério Público do Paraná.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu nesta terça-feira (16) manter a revisão criminal que anulou os processos de quatro condenados pelo Caso Evandro, que marcou o Paraná nos anos 1990.
O menino Evandro Ramos Caetano, de seis anos, desapareceu em 1992 em Guaratuba e foi encontrado morto dias depois.
O julgamento analisou um recurso especial do Ministério Público do Paraná (MP-PR), que buscava reverter a anulação determinada pelo TJ-PR em novembro de 2023.
Na ocasião, desembargadores avaliaram gravações em que os condenados eram forçados, sob tortura, a confessar crimes que alegavam não ter cometido.
Esses áudios se tornaram públicos em 2020 no podcast “Projeto Humanos”, o que trouxe novas discussões sobre as provas usadas no processo do caso Evandro.
A promotora Maria Angela Camargo Kiszka sustentou que a revisão apresentou “omissões e contradições” e que o MP não participou de momentos cruciais, como a inclusão das fitas no processo.
Ela questionou pontos como as razões para a aceitação da revisão criminal, a ausência de contraditório na análise das provas, o reexame de materiais já avaliados em juízo e a desconsideração da decisão anterior que mantinha as condenações.
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A defesa destacou que todos os réus foram condenados com base nas mesmas provas e que a nulidade de materiais obtidos sob tortura deveria se aplicar a todos.
O ministro relator Sebastião Reis Júnior ressaltou o pedido de desculpas oficial do Governo do Paraná pelas “sevícias indesculpáveis” sofridas por Beatriz Abagge na época da investigação.
O ministro Rogério Schietti Cruz defendeu ainda que o caso fosse comunicado ao CNJ e ao CNMP, para evitar que práticas semelhantes de violação de direitos humanos se repitam.
Sete pessoas foram acusadas pelo assassinato no Caso Evandro:
O caso teve cinco julgamentos. Em 2011, Beatriz foi condenada a 21 anos de prisão. Celina não foi julgada porque o crime prescreveu devido à sua idade. Outros réus foram absolvidos ou tiveram as penas extintas.
O desaparecimento ocorreu em 6 de abril de 1992, quando o menino voltava da escola em Guaratuba. Segundo a investigação, ele saiu para buscar um videogame portátil em casa e não retornou.
O corpo foi encontrado em 11 de abril de 1992 em um matagal e reconhecido pelo pai no Instituto Médico-Legal de Paranaguá por uma marca de nascença.
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