Segurança
Clínica de reabilitação do Paraná é interditada após denúncias


Uma clínica de reabilitação foi interditada pela Vigilância Sanitária de Londrina, no norte do Paraná, a partir de denúncias recebidas pelo Ministério Público do Paraná (MPPR).
A comunidade terapêutica era voltada ao atendimento de pessoas viciadas em drogas e era investigada depois de várias denúncias de irregularidades no estabelecimento. Há relatos de problemas administrativos, estruturais e sanitários, além de suspeita de agressões a internos.
No momento da interdição, havia 142 pessoas abrigadas no local, 18 delas adolescentes, segundo o MPPR. O nome da clínica de reabilitação não foi divulgado pelas autoridades.
Operação interdita clínica de reabilitação em Londrina
Na última semana, uma operação de fiscalização foi deflagrada no local unindo agentes do MPPR, Vigilância Sanitária, Conselho Tutelar, Conselho Regional de Medicina, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar.
Uma série de irregularidades foram encontrados na clínica interditada, como a presença de várias pessoas internadas de forma compulsória ou involuntária, além de relatos de agressões suposta feitas pelos coordenadores do espaço contra os internos, inclusive adolescentes.
A fiscalização também descobriu que havia dois idosos no local, um deles cego e que mora na clínica de reabilitação há sete anos. Os agentes também descobriram que havia pacientes com perfis psiquiátricos que deveriam estar internados em outro tipo de estabelecimento.
O MPPR também apura o suposto uso de medicamentos irregulares para ‘dopar’ os pacientes, além do uso de remédios vencidos e de receituários médicos em branco assinados por um psiquiatra para que os próprios responsáveis pelo local selecionassem os medicamentos que deveriam ser comprados.
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Psicólogo preso em operação contra clínica de reabilitação
Durante a operação, um psicólogo foi preso em flagrante suspeito dos crimes de sequestro e cárcere privado – muitos pacientes estavam ali com prazo superior ao previsto em lei, segundo o MPPR.
A maioria das pessoas internadas na clínica interditada é do estado do Mato Grosso do Sul.
Com a interdição, foi determinado que todos “[…] devem ser transferidos ou removidos para suas famílias ou estabelecimento que estejam com o Licenciamento Sanitário atualizado pelo órgão sanitário competente, às expensas da empresa ora interditada, no prazo de 72 horas”.