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Curitiba é finalista do Prêmio Nacional de Inovação

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Foto: Luiz Costa /SMCS

Curitiba é finalista do Prêmio Nacional de Inovação na categoria ecossistema consolidado, com o Vale do Pinhão, o movimento do ecossistema da cidade. O Prêmio Nacional de Inovação está em sua sétima edição e é uma iniciativa da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), liderada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

“A premiação já reconhecia iniciativas de pesquisas, tecnologia e inovação de empresas e, a partir de agora, também de ecossistemas. A classificação do Vale do Pinhão para a final mostra que nosso ecossistema tem maturidade e integração, tornando-se um dos principais do Brasil”, diz Cris Alessi, presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação.

Em sua categoria, o Vale do Pinhão concorre com Campinas e com o ecossistema Iguassu Valley, do Oeste do Paraná. Curitiba tem ainda O Boticário e Hi Lab concorrendo nas categorias grandes e médias empresas, respectivamente. A Akaer Engenharia, de São José dos Pinhais, é finalista de Inovação em Processos em médias empresas.

Os vencedores serão anunciados no dia 8 de março, em São Paulo, no Congresso Nacional da Inovação na Indústria. Além do Vale do Pinhão e Iguassu Valley, mais duas regiões do Paraná estão concorrendo na modalidade ecossistema inicial: Araucária e Norte Pioneiro (formado por Andirá, Bandeirantes, Cambará, Jacarezinho e Santo Antônio da Platina).

Ecossistema 

O Vale do Pinhão foi selecionado como semifinalista pelo ambiente de inovação, programas e ações, instituições de ciência e tecnologia, políticas públicas e governança.

A presidente da Agência Curitiba avalia ainda que premiações como o PNI promovem o fortalecimento dos ecossistemas de inovação, essenciais para o surgimento de empresas mais transformadoras e de redes de relacionamento que viabilizam negócios inovadores. “Reconhecer os esforços dos ecossistemas é muito importante para a retomada da nossa economia”, diz Cris Alessi.

O Prêmio Nacional de Inovação tem cinco categorias: Produto, Processo, Sustentabilidade, Gestão da Inovação e Ecossistema de inovação em estágio consolidado.

Para a diretora de Inovação da CNI, Gianna Sagazio, esse é um momento importante para o reconhecimento do trabalho que tem sido desenvolvido pelas empresas. “Essa é uma vitrine que as empresas têm em mostrar seu papel no desenvolvimento de pesquisas, tecnologia e inovação. Queremos tornar público para o Brasil e ao mundo as boas práticas que têm sido desenvolvidas pelas empresas, principalmente neste período de pandemia”, destaca.

Cris Alessi confirma que o trabalho conjunto de todos os atores que integram o ecossistema do Vale do Pinhão tem ajudado no crescimento econômico da capital, mesmo com a pandemia.

Mobilização

Entre as medidas, a Prefeitura, por exemplo, aprovou um Fundo Garantidor de R$ 10 milhões, que pode alavancar até R$ 100 milhões em empréstimos, para garantir operações de crédito, facilitando o acesso ao crédito para os empreendedores.  O município também prorrogou o prazo de pagamento de impostos e promoveu um programa de refinanciamento, o Refic-Covid-19, que permitiu o parcelamento de débitos.

A Prefeitura e a Agência Curitiba, por meio do Vale do Pinhão, também fomentaram diversas iniciativas, trabalhando em estreita colaboração com diversos públicos. Por meio de uma chamada pública, lançada em 2020, a Prefeitura fez parcerias com startups e empresas locais para oferecer soluções que apoiem as atividades econômicas e ajudem na transformação digital dos negócios.

A parceria com a startup Olist, um dos três unicórnios curitibanos (empresas avaliadas em US$ 1 bilhão), ajudou os empresários, feirantes e artesãos a criar uma feira virtual, onde os empreendedores pudessem expor seus produtos e vender diretamente aos clientes.

Além disso, programas do município de apoio ao empreendedorismo de impacto e inovação, como os Espaços Empreendedor, Bom Negócio, Worktiba (coworkings públicos), Empreendedora Curitibana e Tecnoparque, continuaram operando mesmo nos momentos mais críticos da pandemia, em alguns períodos de forma remota.

Tecnoparque

Apenas o Tecnoparque garantiu R$ 80 milhões em recursos para startups e empresas de Curitiba investirem em 2021. O montante ficou nos caixas das empresas por conta da desoneração oferecida com a redução de 5% para 2% no Imposto Sobre Serviços (ISS). Desde 2018, quando o Tecnoparque foi relançado pelo prefeito Rafael Greca, a desoneração soma R$ 210 milhões, com as empresas beneficiadas reinvestindo nos próprios negócios.

Todas as empresas enquadradas no Tecnoparque precisam aplicar os recursos no desenvolvimento de novos produtos e serviços, na implantação de processos inovadores e na contratação de mais funcionários. Atualmente, 99 empresas são beneficiadas pelo programa da Prefeitura, que geram 15,6 mil empregos e faturam R$ 5,7 bilhões.

Entre as empresas e startups enquadradas no Tecnoparque estão Olist e MadeiraMadeira, dois dos três unicórnios curitibanos (startups avaliadas em US$ 1 bilhão), Doctoralia, Contabilizei, Hilab, Checkmob, James Delivery, Direção, Horizons, Rentcars, Send4, Anthor, Omnichat, BrBatel, Positivo Informática, Seccional, Quanta e Pelissari.

A inscrição do Vale do Pinhão ao Prêmio Nacional de Inovação foi proposta pelo ecossistema de inovação de Curitiba através da Prefeitura, Agência Curitiba, Hotmilk (PUCPR), Sebrae/PR, Bosch e MK projetos corporativos.

O PNI tem patrocínio exclusivo da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e correalização com o Serviço Social da Indústria (SESI), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e o Instituto Euvaldo Lodi (IEL).

As informações são da Prefeitura Municipal de Curitiba.