Empresário que matou jovem com tiro alega legítima defesa

empresario-mata-jovem — Foto: Rede Massa

O empresário que matou uma jovem em situação de rua dentro de um salão de beleza em Ponta Grossa alegou que teria sido atacado e, em reação, disparou com uma espingarda de pressão.

Empresário mata jovem com tiro de chumbinho

O caso aconteceu na manhã da última segunda-feira (4), em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná.

Segundo o delegado Luis Gustavo Timossi, responsável pela investigação, o homem de 43 anos relatou que mora no mesmo imóvel onde o salão funciona e encontrou a jovem dormindo no forro do local.

Ao tentar acordá-la, teria sido atacado e, em reação, disparou com uma espingarda de pressão.

Empresário alega legítima defesa ao atirar

De acordo com o depoimento do empresário, o disparo foi feito em legítima defesa. No entanto, a perícia apontou que a vítima não portava nenhum objeto que pudesse representar ameaça.

O delegado explicou que a autuação como homicídio culposo se baseou no entendimento de que o empresário acreditou, de forma errônea, estar em perigo, mas não agiu com intenção de matar.

Conforme o parágrafo 1º do artigo 20 do Código Penal, quem supõe situação de perigo que justificaria a ação pode ser isento de pena, desde que o erro não seja culposo.

Prisão, fiança e investigação continuam

O empresário foi preso em flagrante logo após o ocorrido, mas obteve liberdade provisória ainda no mesmo dia após o pagamento de fiança de R$ 5 mil.

As investigações continuam, com a polícia aguardando os laudos periciais e a análise de imagens de câmeras de segurança próximas ao local. O objetivo é entender como a jovem acessou o sótão do imóvel e esclarecer outros detalhes do caso.

A vítima, uma mulher de 28 anos, era dependente química e tinha várias passagens pela polícia por crimes como furto, roubo, receptação, desacato e tráfico, entre outros.

A defesa do empresário informou, por meio de nota, que só irá se pronunciar após a conclusão das investigações.

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