Segurança

Estrada da Graciosa vai contar com sensores para prevenir deslizamentos

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(Foto: DER/PR)

O governo do Paraná vai instalar dez sensores de umidade do solo, dez acelerômetros e três pluviômetros nos nove pontos mais críticos da Estrada da Graciosa. A medida visa prevenir deslizamentos de terra e será feita com um convênio entre o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental (Simepar) e o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR).

Segundo a administração estadual, o serviço estará ativo antes da próxima temporada de verão.

Uma equipe do Simepar será responsável por estudar o histórico de ocorrências de deslizamentos de terra ao longo da estrada e o volume de chuvas nos locais afetados, para calcular o limiar de precipitação que dispara o movimento de massa.

“Nem sempre um temporal isolado causa deslizamentos. Às vezes o deslizamento ocorre após um acúmulo de chuva ao longo de vários dias”, explica José Eduardo Gonçalves, gerente de Hidrologia do Simepar.

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O Simepar também vai instalar três pluviômetros ao longo da Estrada da Graciosa para captar em tempo real o volume de chuva em cada um destes pontos.

Com os equipamentos instalados e o cálculo do limiar de chuva feito será possível fazer o monitoramento da região a partir da primavera. Nessa estação, o movimento sentido litoral paranaense aumenta (pré-temporada de verão) e as chuvas ocorrem com mais frequência do que no inverno. 

“O inverno é um período mais seco, e a primavera e o verão têm acumulados mensais mais altos. Na primavera, outubro historicamente é um mês com chuva mais frequente, e no verão os acumulados são ainda mais altos”, afirma Samuel Braun, meteorologista do Simepar. 

Um dos sensores que será usado na Graciosa. (Foto: Yuri A.F. Marcinik / Simepar)

DER fez avaliação das encostas da Estrada da Graciosa

O DER/PR finalizou recentemente a avaliação de encostas da região da Estrada da Graciosa. Foi feito um mapeamento aéreo com laser para visualizar todos os pontos de risco para futuros escorregamentos de material. 

A iniciativa resultou na elaboração de 10 projetos para obras de reforço e recuperação destes pontos de risco. A expectativa é que sejam publicados três editais para as primeiras obras, abordando os locais que necessitam de intervenção primeiro.