família pede justiça

“Saí com meu pai e voltei com uma jaqueta com tiro”, diz filha de homem baleado

Filha descreve momento em que o pai foi baleado no BarBaran e questiona atitude do policial.

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Foto: Rede Massa

Julia Antunes Reppold Marinho, filha de Antônio Carlos Antunes, homem baleado no BarBaran, afirmou em entrevista coletiva que o policial civil não agiu em legítima defesa no momento em que disparou.

Filha relata drama após pai ser baleado no BarBaran

O caso aconteceu dentro do BarBaran, no Centro de Curitiba. Desde a noite de sexta-feira (26), a família de Antônio Carlos vive um drama após o homem ser vítima de um disparo dentro do banheiro do bar.

Julia Antunes Reppold Marinho, filha de Antônio Carlos, relatou em entrevista coletiva nesta segunda-feira (29) que o tiro foi à queima-roupa e questionou a conduta do policial, afirmando que o agente não agiu em legítima defesa.

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Como aconteceu a confusão no BarBaran

Segundo Julia, tudo aconteceu em questão de segundos. Ela contou que às 20h10 o pai enviou uma mensagem para a mãe e foi até o banheiro do bar. Segundos depois o homem já estava baleado no chão. A jovem afirmou ter ouvido o tiro. Veja:

A discussão teria começado por causa de um copo deixado na pia. O policial alegou que tentou se desvencilhar de agressões, sacou a arma e disse ter mirado na perna do homem.

Filha questiona conduta do policial

A filha afirma que o pai não é uma pessoa violenta e destacou sua rotina, que envolve ir para o trabalho e a Igreja todos os dias. Ela também apontou que o policial não ajudou no socorro.

“Eu não quero vingança, eu quero justiça. Se foi legítima defesa, por que ele ao invés de ligar para a ambulância ele ligou para o 190? Foi para pedir ajuda para ele, por que não foi para o meu pai”, disse a jovem.

Julia também mencionou os itens que estavam com seu pai no momento em que foi baleado, que incluem uma medalha de Nossa Senhora, um terço, a carteira e o celular.

Defesa da família cobra investigação

A advogada da família, Caroline Mattar Assad, afirmou que a prisão do policial pode ser solicitada a qualquer momento. Ela destacou que, embora não tenha havido prisão em flagrante, é possível pedir decreto preventivo.

Sobre a possibilidade de auto-lesão para sustentar a versão de legítima defesa, a advogada explicou que o assunto ainda está sob análise da medicina forense. Testemunhas relataram que o policial se trancou sozinho no banheiro e não ostentava distintivo durante o episódio.

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O que diz a defesa do policial e a Polícia Civil

A defesa do policial afirma que houve legítima defesa. O advogado destacou, em entrevista à Rede Massa | SBT, que o agente teria sido agredido e disparou para se proteger.

A Polícia Civil investiga o caso, que também é acompanhado pela corregedoria da instituição. O policial foi ouvido na delegacia e liberado após prestar depoimento.

Homem baleado segue internado em estado grave

Segundo a família de Antônio Carlos, o homem permanece internado e o estado de saúde é grave. O tiro, disparado pelo policial civil Marcelo Mariano Pereira afetou o intestino, o pulmão e também o baço da vítima.

O caso segue sendo investigado pelas autoridades.

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