Prisão em Cascavel

Organizador de eventos é preso por estupro de adolescentes

Henrique Pompeu, organizador de um evento de k-pop, foi preso em Cascavel suspeito de estupro de vulnerável e exploração sexual.

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Foto: PCPR

Henrique Pompeu, de 32 anos, organizador do Jinrou, evento de cosplay e k-pop, foi preso em Cascavel na última quarta-feira (10) suspeito de estupro de vulnerável, ameaça e exploração sexual de menores.

Organizador de eventos é preso em Cascavel por abuso sexual

Ele foi abordado na BR-369, entre Braganey e Cascavel, enquanto divulgava um evento de cosplay e visitava autoridades locais.

As investigações começaram em abril, após uma vítima de 15 anos denunciar que manteve relações sexuais com o suspeito, que gravou os atos e a ameaçou com a divulgação das imagens.

Até o momento, sete vítimas foram identificadas, com idades entre 13 e 17 anos, e os crimes ocorreram entre 2023 e 2025.

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Homem usava a influência para atrair as vítimas

Conforme a delegada Thais Zanatta, Henrique utilizava os eventos que organizava para se aproximar e atrair adolescentes em eventos de cosplay e k-pop.

Ele fazia também a divulgação dos eventos em escolas e faculdades, o que facilitava o contato com as potenciais vítimas.

O suspeito não possuía antecedentes criminais.

“Durante a investigação, apuramos que ele utilizava eventos destinados ao público infantojuvenil como comportamento predatório”, detalhou Zanatta.

Polícia encontrou materiais de pornografia infantil armazenados

Endereços ligados ao suspeito foram alvo de busca e apreensão. A polícia recolheu HDs externos e outros materiais que passarão por perícia.

Diversos arquivos com exploração sexual de menores foram encontrados armazenados em nuvens digitais.

A defesa de Pompeu afirmou que os fatos serão esclarecidos oficialmente e reafirmou compromisso com a transparência e com as garantias constitucionais.

As investigações continuam para identificar novas vítimas.

Como denunciar violência sexual

Vítimas de violência sexual podem receber atendimento médico e psicológico no SUS sem a necessidade de registrar boletim de ocorrência. No entanto, o exame de corpo de delito, que pode fornecer provas essenciais para um processo judicial, só pode ser realizado com o boletim de ocorrência. O exame pode ser feito a qualquer momento após o crime, mas, por se tratar de provas que podem desaparecer, recomenda-se realizá-lo o mais rápido possível.

Em casos de flagrante, denuncie imediatamente à Polícia Militar pelo 190 ou acione uma viatura em patrulhamento. O Ligue 180 também recebe denúncias e oferece orientação sobre serviços de acolhimento na cidade da vítima. O atendimento também pode ser acessado via WhatsApp pelo número (61) 99656-5008.

Por lei, vítimas de estupro têm direito a atendimento em hospitais com ginecologia e obstetrícia para receber medicação preventiva contra infecções sexualmente transmissíveis, apoio psicológico e acesso à interrupção legal da gestação. No entanto, nem todas as unidades realizam esse atendimento. Para saber quais hospitais oferecem o serviço, consulte o site Mapa do Aborto Legal.

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