Segurança
Idosa sofre maus-tratos e é amarrada em cadeira pela irmã; vídeo


Uma idosa de 85 anos sofreu maus-tratos e foi amarrada em uma cadeira pela própria irmã no quintal de casa. A ação foi registrada por vizinhos. No vídeo, a vítima reclama da violência e pela janela, a familiar responde: “Todo dia tu vai ter que aguentar. Já tá um tempão assim”.
As imagens foram divulgadas nas redes sociais e provocaram revolta. Uma equipe da Delegacia de Proteção à Pessoa Idosa de Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém, foi até o local para atender o caso.
Na residência, estavam dona Maria Aparecida da Luz e a irmã. A familiar é quem aparece nas imagens conversando com a idosa. No local, foram encontradas as cordas usadas para manter a vítima presa.
Na sequência, ela foi resgatada e recebeu atendimento médico. Com ferimentos no corpo e desidratada, a idosa parecia confusa. Dona Maria foi levada para um abrigo até que outro parente seja localizado.
“A prefeitura vai se responsabilizar, se tornar a guardiã dessa idosa, uma vez que ela não vai ter nenhum parente, a gente não pode devolver lá pra residência em que o direito estava sendo violado”, afirma Marisa Lima, secretária de Cidadania e Assistência Social de Ananindeua.
De acordo com a polícia, a própria irmã confessou que mantinha a vítima amarrada para evitar que a idosa saísse de casa sozinha. A mulher foi indiciada por maus-tratos e violência doméstica baseada na Lei Maria da Penha, já que as duas moram juntas. Os vizinhos denunciaram que as agressões aconteciam há pelo menos seis anos.
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Os casos de maus-tratos contra idosos dobraram nos três primeiros meses de 2023, segundo o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. As queixas resultaram em 202 mil violações, 97% a mais em comparação ao primeiro trimestre do ano anterior.
Nos três primeiros meses do ano foram 34.243 denúncias registradas, 75% a mais do que no mesmo período do ano passado (19.562). As queixas resultaram em 202 mil violações, 97% a mais em comparação ao primeiro trimestre do ano anterior.
“A física é bastante frequente, qualquer tipo de restrição que essa pessoa sofra. A psicológica também é bem frequente, afetando uma pessoa idosa que já está com uma autoestima mais comprometida. A patrimonial também”, diz Alexandre da Silva, secretário nacional dos Direitos da Pessoa Idosa.