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Segurança
Em entrevista exclusiva, mulher acusada de jogar ácido no ex diz que foi ameaçada e não sabia da composição do produto.
A mulher acusada de jogar ácido no ex-companheiro deu uma entrevista exclusiva para a Rede Massa. Sem se identificar, ela conversou com o apresentador Murilo Barbosa, e contou que manteve um relacionamento de 4 anos e meio com o homem.
“Sempre foi muito conturbado, muito violento. Com 30 dia de relacionamento, ele teve uma crise de ciúmes, entrou na bordoada com a própria família dele por ciúmes” – relembra ela. “Naquele dia, ele demonstrou o quanto era agressivo e violento e, também naquele dia, eu descobri que ele era usuário de drogas”.
O casal teve vários desentendimentos, registros de agressões e idas à delegacia. A mulher afirma que foi abusada sexualmente várias vezes por ele. Ela tinha uma medida protetiva contra o ex-companheiro, mas não usou a prerrogativa e pedir ajuda à polícia quando foi procurada por ele novamente.
Ela diz que o ex-parceiro ameaçou difamá-la para o atual namorado, contando coisas falsas sobre o passado dela. Por causa das ameaças, ele aceitou reencontrar o homem.
“Ele começou a me questionar sobre a minha vida pessoal, e daí já queria ter relação. Eu falei que não, mas aí ele falou vamos ter uma última vez. E falou de um produto de sex shop, que era pra eu usar. Disse que, se eu não gostasse dele, o produto ia ajudar. Mas eu não quis usar” – contou.
A mulher relata que ele insistiu várias vezes para ela usar: “Ele queria passar em mim, mas eu fui pegar pra passar nele, daí não sei o aconteceu, resvalou ali e caiu sobre ele.”
O efeito foi imediato. Ela diz que a região das partes íntimas do homem atingida pelo produto ficou branca e ele, imediatamente, começou a gritar: “Eu só lembro dele dizer assim: Era pra você, Maldita!”
O produto provocou uma queimadura química e a necrose do tecido atingido. Ela relata ainda que ficou muito nervosa: “Fiquei em choque, porque eu fiquei imaginando que talvez poderia ser pra jogar na minha cara”.
Mesmo assustada, a mulher afirma que foi à farmácia e comprou sabonete neutro e pomadas e ficou dando assistência a ele. Nem a polícia nem um socorro médico foi chamado.
O homem de 36 anos está internado no Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais. Ele passou por uma cirurgia para a retirada do tecido necrosado e a aplicação de um enxerto de pele. O estado dele é estável, mas permanece na clínica cirúrgica sem previsão de alta.
O delegado Derick Moura, responsável pela investigação, afirma que a mulher foi indiciada pelo crime lesão corporal de natureza grave, porque o homem pode ter debilidade permanentes, tanto da função reprodutiva, quando da urinária. A pena para este tipo de crime varia de 1 a 5 anos.
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“Ela foi indiciada em razão do contexto em que atos foram praticados. Ela já tinha uma medida protetiva de urgência em desfavor o companheiro. Se ela foi realmente ameaçada, e não há provas dessa ameaça, ela poderia procurar a delegacia da mulher, inclusive com a possibilidade de decretação da prisão preventiva dele” – explica o delegado.
A defesa da mulher diz que ela é inocente, que ela não agiu com dolo e que não teve nenhuma intenção de agredir o companheiro. O advogado Sanderson Luis Bochenski reforça que o produto corrosivo foi trazido pelo homem e que ela não sabia do que se tratava.
A investigação já foi concluída e encaminhada ao Ministério Público, que vai decidir se oferece denúncia à justiça.
Veja a entrevista exclusiva com a mulher:
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