Segurança
Mulher é presa por racismo contra segurança da Câmara de Curitiba


Uma mulher foi presa em flagrante na tarde desta quinta-feira (8) por racismo contra um dos seguranças da Câmara Municipal de Curitiba (CMC).
No início da tarde, a mulher procurou a recepção da Câmara dizendo que participaria de uma audiência pública que estava agendada. Ao perguntar sobre onde seria realizada, o funcionário terceirizado da CMC, membro da equipe de vigilância patrimonial, indicou a direção do plenário.
Após a visitante pedir a ele um copo d’água, ela se reportou ao fato do funcionário ser negro e começou a fazer comentários preconceituosos e de cunho racial. A mulher só parou com as ofensas quando outra pessoa que ia para a mesma audiência chegou ao local.
O funcionário procurou a Diretoria de Segurança da CMC e reportou o ocorrido. A Guarda Municipal de Curitiba foi acionada para levar a mulher às autoridades policiais.
O vereador e deputado estadual eleito Renato Freitas (PT) publicou em suas redes sociais sobre o caso:
“Lugar de racista é na cadeia! “Preto quando não caga na entrada caga na saída”, disse essa “senhora” que acaba de ser presa em flagrante aqui na @camaradecuritiba por racismo contra um dos seguranças. Ela também repetiu coisas como: “Não como feijão preto para não ficar preta”; “Nunca vi segurança preto aqui”; “Pega água para mim que você tá aqui para me servir”; o velho racismo recreativo”, postou o vereador.
Em nota, a CMC afirma que repudia o racismo ou qualquer outro tipo de discriminação em todas as suas formas:
“A Câmara Municipal de Curitiba (CMC) confirma que, na tarde desta quinta-feira (8), registrou uma situação de injúria racial nas suas dependências e que o caso foi reportado à Polícia Civil para averiguação e possível enquadramento como racismo.
A vítima, um funcionário terceirizado da Casa, foi registrar o boletim de ocorrência acompanhada de um procurador jurídico da CMC, que é membro da Comissão de Igualdade Racial da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PR). Ele receberá todo o apoio institucional da Câmara de Curitiba durante o desenvolvimento do caso.
A CMC também reafirma o apoio da instituição aos seus funcionários terceirizados, em especial à equipe de vigilância patrimonial, para que se sintam amparados para denunciar casos de racismo e quaisquer tipos de discriminação.”