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Padrasto que manteve enteada em cárcere por 22 anos vira réu por 8 crimes

A Justiça aceitou denúncia contra o padrasto que manteve enteada em cárcere por 22 anos no Paraná; ele responderá por oito crimes.

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Foto: Reprodução

A Justiça aceitou a denúncia contra o padrasto que manteve a enteada em cárcere privado por 22 anos, em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).

Padrasto acusado de cárcere da enteada vai responder por 8 crimes

O homem de 51 anos vai responder por oito crimes, entre eles estupro, cárcere privado qualificado, constrangimento ilegal e filmagem de abusos sem autorização. Confira todos os crimes apontados pelo Ministério Público pelos quais o acusado responderá:

  • Perseguição
  • Dano emocional
  • Estupro de vulnerável
  • Estupro
  • Participação em estupros cometidos por terceiros
  • Registro de atos sexuais em vídeo sem autorização
  • Cárcere privado qualificado
  • Constrangimento ilegal

O processo tramita em sigilo para preservar a identidade da vítima e de seus filhos.

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Como a enteada conseguiu fugir do padrasto

A jovem, hoje com 29 anos, conseguiu escapar em setembro, ao dizer que levaria os filhos a um posto de saúde. Em vez disso, procurou a delegacia da Polícia Civil e denunciou os abusos.

Segundo o relato, ela era agredida e abusada desde os sete anos. Aos 16, engravidou do padrasto e, posteriormente, foi obrigada a se casar com ele. Os dois tiveram três filhos, que também viviam sob vigilância.

Controle e ameaças constantes

O padrasto monitorava a enteada por câmeras instaladas na residência e a obrigava a manter relações com outros homens, registrando os atos em vídeo.

Durante o período em que ela esteve na delegacia, o suspeito chegou a ligar mais de 30 vezes e enviar 15 áudios com ameaças. Ele foi preso em flagrante e, em interrogatório, negou os crimes. Veja:

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Investigação do caso continua

A Polícia Civil apura a identidade de outros homens que teriam participado dos abusos. Vídeos encontrados no celular do acusado foram apreendidos e reforçam as investigações.

Segundo os investigadores, além do cárcere, a vítima sofria agressões físicas e psicológicas constantes. O réu permanece preso preventivamente enquanto aguarda julgamento.

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