família pede justiça
“Saí com meu pai e voltei com uma jaqueta com tiro”, diz filha de homem baleado
depoimento
Policial civil envolvido em tiro no Barbaran afirma ter reagido em legítima defesa após briga em banheiro do bar.
O policial civil Marcelo Mariano Pereira, que atirou em um cliente dentro do BarBaran, prestou depoimento e afirmou que disparou contra a vítima por temer pela vida.
O caso aconteceu na noite da última sexta-feira (26), após uma discussão entre o policial e a vítima dentro do banheiro do BarBaran, no centro de Curitiba.
Segundo o depoimento, Marcelo foi ao banheiro cerca de 40 minutos após chegar ao local.
Ele relatou que tentou usar a pia, mas encontrou um copo ocupando o espaço. Ao retirar o objeto e colocá-lo no chão, o outro cliente teria reagido de forma agressiva.
“Coloquei o copo embaixo da pia e nisso ele já veio me xingar. ‘Em copo de homem não se mexe’, e não sei o que. Quando terminei de lavar a mão e ia sair do banheiro eu só vi o vulto dele vindo para me agredir pelas costas”, disse.
O policial afirma que foi xingado e agredido pelas costas, chegando a levar um soco que o deixou atordoado. Ele diz ter se identificado como policial e alertado que estava armado.
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De acordo com o agente, as agressões continuaram e a situação se agravou. Marcelo afirma que se identificou como policial e que estava armado, mas o cliente continuava o agredindo.
“Eu temi pela minha vida. Eu me identifiquei como policial, disse ‘para, polícia, polícia, estou armado’. Tentei acessar a arma e ficar de lado para ele (…). Foi tudo muito rápido, ele puxou meu braço e aconteceu o disparo. ”, declarou.
O cliente atingido segue internado em estado grave. O tiro, disparado pelo policial, afetou o intestino, o pulmão e também o baço da vítima.
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A advogada da família, Caroline Mattar Assad, afirmou que a prisão do policial pode ser solicitada a qualquer momento. Ela destacou que, embora não tenha havido prisão em flagrante, é possível pedir decreto preventivo.
Sobre a possibilidade de auto-lesão para sustentar a versão de legítima defesa, a advogada explicou que o assunto ainda está sob análise da medicina forense. Testemunhas relataram que o policial se trancou sozinho no banheiro e não ostentava distintivo durante o episódio.
A Polícia Civil investiga o caso, que também é acompanhado pela corregedoria da instituição.
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