UM MORTO MUITO LOUCO

Preso empresário que matou morador de rua e forjou própria morte em SC

Ele estava sendo processado por ex-funcionários e ex-clientes por estelionato, quando achou que a solução era se fingir de morto. Para isso, era preciso ter um corpo de verdade…

preso-empresario-que-matou-e-fingiu-sua-morte
Foto: Reprodução/Freepik

A Polícia Civil de Santa Catarina contou com a Delegacia de Investigação Criminal de Curitibanos e agora está preso empresário que matou um homem em situação de rua — e ainda forjou a própria morte na tentativa de escapar ileso de seus crimes.

A prisão aconteceu na sexta-feira (28) em São Cristóvão do Sul, interior do estado. O empresário que matou e fingiu se matar tinha um cúmplice, que foi detido. Contudo, ainda não está claro como ele teria participado de tudo isso.

O empresário estava afundado em dívidas e, por isso, decidiu que precisava morrer para sair ileso do calote. Mas ele não daria fim à própria vida. A ideia era simular a própria morte e, para isso, um corpo real deveria existir. E por isso o empresário matou o homem em situação de rua.

LEIA TAMBÉM

Como foi preso empresário que matou para fingir que morreu?

Tudo começou no dia 13 de fevereiro, quando foi registrado o desaparecimento do empresário. Aï no dia 15, sua caminhonete foi encontrada incendiada e com um corpo completamente carbonizado em seu interior. 

Apesar de tudo indicar se tratar do próprio empresário, a polícia não ‘nasceu ontem’ e, durante as investigações, descobriu-se que o ‘morto’ estava respondendo por processos trabalhistas na Justiça, além de ter aplicado golpes em alguns de seus clientes. Então, ele deve ter assistido a filmes demais e parece ter achado a ótima ideia forjar a própria morte, como se fosse um acerto de contas feito por qualquer um dos envolvidos em tais ações com a Justiça do Trabalho.

Talvez ele estivesse confiante demais de que seu plano ‘perfeito’ estava dando certo. E então começou a zanzar por aí, sendo visto inúmeras vezes nos dias seguintes de sua suposta morte. 

“Ao perceber que o corpo só seria liberado após reconhecimento através de exame de DNA, supostos seqüestradores fizeram contato com familiares do empresário e com portais de notícias locais remetendo vídeos de uma suposta tortura praticada contra ele, culminando com a amputação de um pedaço de um dedo seu”, conta Ulisses Gabriel, delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina.

Sim, você leu direito: o empresário cortou o próprio dedo e achou que isso convenceria alguém de que ele realmente havia sido sequestrado. Ah! Ele também tirou dois de seus dentes e enviou tudo isso à sua família, fingindo ser um sequestrador. 

Mas os policiais já suspeitavam que aquele corpo não era o do empresário — e facilmente confirmaram sua desconfiança. Agora, o ‘morto muito louco’ está preso pelo homicídio (entre outras acusações, como estelionato).