Câmeras podem desmentir versões sobre o caso Raíssa

raissa-suellen-ferreira-cameras — Foto: Reprodução/Rede Massa

Imagens de câmera de segurança podem desmentir as versões dos presos pela morte de Raíssa Suellen Ferreira.

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu temporariamente Dhony de Assis, filho adotivo do humorista Marcelo Alves, já detido pelo assassinato da miss baiana nesta quarta-feira (18). Dhony, que inicialmente alegava inocência, admitia apenas ter dirigido o carro para esconder o corpo de Raíssa em uma área de mata em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). O jovem alegou que errou “por amor” ao ajudar o pai.

No entanto, as imagens de câmeras de segurança demonstraram essa versão e revelaram contradições importantes nas declarações do suspeito. De acordo com as investigações, por volta do meio-dia do dia 2 de junho, Marcelo chega em casa com Raissa em uma Captiva. Às 14h15, Dhony entra na residência, localizada no bairro Tatuquara, e logo depois, às 14h29, o humorista começa a colocar objetos no carro.

Caso Raíssa pode ter reviravolta

Eles vão até o local onde os pertences da vítima foram descartados e, em seguida, Dhony retorna sozinho, ficando por quase dez minutos com o corpo da jovem. Mais tarde, às 17h30, eles retornam juntos à casa. Às 17h50, Dhony aparece nas imagens carregando um galão de gasolina, o que leva os investigadores a suspeitarem que houve a intenção de queimar o corpo de Raíssa Suellen Ferreira.

Às 18h05, Marcelo e Dhony deixam novamente a residência. O trajeto de ida e volta, durou cerca de 30 minutos, levantando suspeitas de que Marcelo não agiu sozinho.

Outro elemento decisivo para a prisão de Dhony foi o depoimento de sua ex-companheira, que relatou que, no dia do crime, ao retornar do trabalho, encontrou a casa completamente arrumada e o colchão do quarto deixado do lado de fora. Segundo ela, Marcelo afirmou que tudo “foi um acidente” e alegou que Raissa teria se insinuado para ele.

Raíssa foi morta pelo humorista Marcelo Alves

A ex-companheira também declarou desconhecer qualquer empréstimo de veículo ou compra de armário, versões que teriam sido inventadas por Marcelo e Dhony para tentar justificar a movimentação no dia do crime. Além disso, ela relatou que foi procurada pelos advogados dos dois, que a instruíram a não prestar depoimento à polícia.

Em nota oficial, a Polícia Civil do Paraná informou que a prisão temporária de Dhony foi decretada devido a possíveis tentativas de interferência na produção de provas. Ele teria procurado vizinhos para descobrir o que havia sido captado pelas câmeras de segurança, o que levantou suspeitas sobre obstrução das investigações.

O humorista Marcelo Alves permanece detido na Cadeia Pública, enquanto Dhony de Assis ficará preso temporariamente por 30 dias. A Polícia Civil segue apurando o caso, que ganhou repercussão nacional com o desaparecimento e morte da jovem baiana Raissa, em Curitiba.