Segurança

Justiça realiza reintegração de posse no Campo de Santana

DESPEJO
Foto: Colaboração

Policiais, oficiais de justiça e equipes da Prefeitura realizam nesta terça-feira (10) a reintegração de posse de uma área ocupada no bairro Campo de Santana, na região Sul de Curitiba. O terreno ocupado fica na estrada Bruno de Almeida.

Terreno ocupado abriga 700 famílias

Por causa da reintegração, o acesso a ocupação foi bloqueado. Pedestres, motoristas e até os ônibus do transporte coletivo não puderam passar pela região. O terreno ocupado é de uma construtora e abriga cerca de 700 famílias em situação de vulnerabilidade econômica. As familias que moravam em barracos de madeira, estavam no local desde junho de 2022.

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Saída das famílias acontece de forma pacífica

De acordo com a PM, a ordem de reintegração de posse já teria sido dada a um tempo, e as famílias teriam tido um período para sairem do local. Ainda segundo a polícia, a saída das famílias está acontecendo de forma pacífica. Equipes da Fundação de Ação Social da Prefeitura (FAS) também estão no local para dar o apoio necessário as famílias, fazendo a triagem para averiguar quais famílias já tem para onde ir e quais precisarão de encaminhamento para abrigos da Prefeitura.

Nota Defensoria Pública

A Defensoria Pública do Estado do Paraná (DPE-PR), por meio do Núcleo Itinerante das Questões Fundiárias e Urbanísticas, pediu à 24ª Vara Cível de Curitiba que a Polícia Militar do Paraná (PM-PR) interrompa suas atividades na ocupação Povo Sem Medo, no bairro Campo do Santana, em Curitiba, onde a a PM-PR cumpre no dia de hoje uma ordem judicial de reintegração de posse.

De acordo com o NUFURB, a reintegração ocorre de maneira ilegal, já que a Defensoria não foi intimada de seu cumprimento, conforme determina o Código de Processo Civil.

A ação contraria a própria decisão da Justiça nos autos do caso, que determina que a Defensoria e o Ministério Público do Paraná façam a “fiscalização acerca da prática dos atos concretos”, ou seja, que tais órgãos acompanhem a reintegração, o que foi impossibilitado pela falta de comunicação prévia aos órgãos mencionados.

Em razão disso, a Defensoria requereu a imediata suspensão dos atos, o recolhimento imediato do mandado e a determinação com urgência aos agentes públicos presentes na ocupação para que se retirem do local, interrompendo as suas atividades.

Com informações de Adriana Lopes/Rede Massa