Parece história de novela, mas não é...

‘Profecia divina’: mulher sequestra filhas de vizinha e se passa por mãe adotiva

Crianças foram encontradas passando frio, com fome e sem roupas íntimas. Suspeita planejava levá-las para um passeio na praia.

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Foto: Ilustração / Adobe Stock

Parece história de novela, mas não é: uma mulher de 31 anos sequestrou duas irmãs, de 5 e 11 anos, e acabou presa em Londrina, no Norte do Paraná. As meninas só foram localizadas em Mauá da Serra, a cerca de 90 km de distância. O caso aconteceu entre o último sábado (7) e domingo (8).

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Confiança quebrada

A suspeita mantinha uma relação de confiança com a família e frequentava a casa com total liberdade. Segundo familiares, ela costumava levar as crianças para a igreja desacompanhadas dos pais e também as recebia em sua residência para jogar videogame e se divertir — tamanha era a confiança depositada nela.

No entanto, o que parecia ser uma relação segura se transformou em pesadelo quando as meninas desapareceram durante uma dessas visitas.

De acordo com a Polícia Militar do Paraná (PMPR), a mulher alegou ter recebido uma “profecia divina” ao decidir fugir com as crianças. Segundo a aspirante Natália Machado, a suspeita acreditava genuinamente ter sido escolhida por Deus para cuidar das meninas.

Quando abordada pela polícia, a mulher tentou se passar por mãe adotiva das crianças. Sem apresentar documentos, afirmou sofrer de uma doença mental. No entanto, a mãe das crianças relatou no boletim de ocorrência que a mulher sofre de esquizofrenia.

Situação de vulnerabilidade

As irmãs foram encontradas em condições precárias em Mauá da Serra: estavam com frio, com fome, sem roupas íntimas e em situação de vulnerabilidade. A sequestradora chegou a queimar seus próprios documentos, possivelmente para dificultar a ação das autoridades. Ela pretendia levá-las até o Litoral.

A mulher foi presa em flagrante e responderá por sequestro e cárcere privado. As crianças passaram por exames no Instituto Médico Legal (IML) de Londrina, foram levadas à Delegacia de Marilândia do Sul e, em seguida, retornaram para casa.

A mãe das vítimas afirmou que, a partir de agora, as filhas só sairão acompanhadas por ela ou pelo marido.