Segurança
Ex-diretor da PRF é preso por suposta interferência nas eleições


Ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques foi preso pela Polícia Federal em operação que investiga interferência nas eleições de 2022.
A prisão preventiva ocorreu em Florianópolis e o aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro será transferido para Brasília.
A ação, denominada Operação Constituição Cidadã, é conduzida com base em ordens expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Silvinei Vasques é o foco central dessa operação, que está em andamento em dez endereços distribuídos por Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Rio Grande do Norte.
Silvinei Vasques é preso por suposta interferência nas eleições
A investigação apura possíveis crimes cometidos por membros da PRF, que teriam utilizado recursos públicos para influenciar o segundo turno das eleições de 2022, resultando em bloqueios de tráfego e dificuldades para os eleitores exercerem o voto.
A operação conta com o suporte da Corregedoria Geral da PRF, que convocou 47 agentes para prestar depoimentos relacionados ao caso.
A investigação se debruça sobre suspeitas de prevaricação e violência política, conforme tipificado no Código Penal, além de infrações previstas no Código Eleitoral, como a tentativa de interferir no exercício do sufrágio e a distribuição desigual de recursos e meios de transporte no dia da eleição.
O nome “Operação Constituição Cidadã” refere-se à lei máxima do país, simbolizando o direito universal ao voto e a representatividade democrática.
Silvinei Vasques foi nomeado por Anderson Torres em 2021
Silvinei Vasques assumiu a liderança da PRF em abril de 2021, durante o mandato do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, que está sob investigação por suposta conivência com atos golpistas.
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Em dezembro do ano passado, Silvinei Vasques se aposentou, encerrando sua atuação durante o governo de Jair Bolsonaro, período marcado por investigações sobre seu papel nas eleições.
Ainda são investigados seus vínculos com bloqueios de rodovias após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas urnas, além de acusações de improbidade administrativa e uso indevido do cargo para promover a candidatura de Bolsonaro.