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“Ele saía direto”, diz mãe de menino desaparecido no Paraná
feminicídio
Idosa de 86 anos, empurrada da escada pelo genro em Ponta Grossa, morre após 10 meses hospitalizada.
Marlene Foltran, de 86 anos, morreu 10 meses após ter sido empurrada da escada pelo próprio genro durante uma visita à filha que lutava contra o câncer, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná.
Segundo as advogadas da família, a morte da idosa foi consequência direta das lesões provocadas na época do crime em dezembro de 2024.
“A família está profundamente abalada e agradece o apoio e as mensagens de solidariedade recebidas durante os meses em que Dona Marlene lutou pela vida”, diz nota.
O velório e o sepultamento foram realizados na última quinta-feira (9), no município de Ponta Grossa. O genro acusado segue preso e deverá ser julgado pelo Tribunal do Júri do Paraná.
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O caso aconteceu no dia 12 de dezembro de 2024, no bairro Órfãs, em Ponta Grossa. Na ocasião, Marlene Foltran foi encontrada caída por vizinhos após ser empurrada da escada por André Ferreira, genro da vítima.
De acordo com o Ministério Público do Paraná (MPPR), o genro impedia que a sogra visitasse a filha, que fazia tratamento contra o câncer. A denúncia aponta que ele teve intenção de matar ao empurrar a vítima da escada.
O promotor João Eduardo Antunes Mirais detalhou que o crime causou “diversas equimoses, escoriações, traumatismo cranioencefálico grave e múltiplas fraturas” na vítima. Desde então, Marlene ficou sob cuidados médicos até o falecimento confirmado em 8 de outubro de 2025.
O advogado Herculano Filho, que representa André Ferreira, informou em um vídeo enviado à Rede Massa | SBT que não há qualquer prova de que o falecimento de Marlene Foltran tenha relação com a agressão sofrida por seu genro há cerca de 10 meses.
“Com o falecimento da vítima, surgiu a dúvida então se o acusado deve responder por feminicídio consumado ou tentativa de feminicídio. Nesse sentido, a defesa esclarece que não há qualquer elemento que justifique o aditamento da denúncia, uma vez que não há qualquer prova de que o falecimento da vítima tem relação com os fatos ocorridos há mais de 10 meses atrás”, explicou.
A defesa disse ainda que aguarda o julgamento do recurso que mandou o réu a julgamento pelo Tribunal do Júri e reforça que as provas que constam no processo são apenas circunstanciais e não se pode excluir a hipótese de a vítima apenas ter caído das escadarias, como afirma o acusado.
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O Tribunal do Júri do Paraná ainda não marcou a data do julgamento de André Ferreira, que permanece preso preventivamente. O processo segue em andamento e deve ser reavaliado pelo Ministério Público após a confirmação da morte da vítima.
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