Segurança
‘Trafigata’ presta depoimento sobre atentado sofrido na porta de casa


Camila Marodin, conhecida popularmente como ‘Trafigata’, foi levada nesta terça-feira (22) até a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para prestar depoimento, destava vez na condição de vítima. Trata-se do inquérito que apura o atentado sofrido por ela e um amigo no fim do mês de janeiro, quando bandidos surpreenderam a dupla na porta da casa onde eles estavam escondidos e atiraram várias vezes.
A ‘Trafigata’ está presa por descumprimento de medidas do uso de tornozeleira eletrônica desde 10 de fevereiro, sete dias depois do atentado que sofreu ao lado de Paulo Sergio Almeida. Os dois chegavam de carro quando vários tiros foram disparados. Camila escapou ilesa, mas Almeida foi atingido por vários tiros e ainda precisará passar por cirurgias.
Policiais civis foram até Piraquara para buscar a suspeita para prestar depoimento. Na chegada à DHPP, ela foi abordada por jornalistas, mas não falou muito sobre o caso. “Não sei quem foi, isso é trabalho da polícia, eles que estão fazendo esse trabalho, eu não vi quem foi”, disse rapidamente à imprensa quando chegou na delegacia.
O delegado responsável pelo caso, Tito Barrichello, lembra que 15 dias após o crime a DHPP já tinha prendido dois suspeitos, que permanecem detidos em prisão temporária. Os investigadores continuam trabalhando no caso para que novas provas sejam coletadas e a prisão seja convertida em preventiva, sem prazo para terminar. Ele não revelou o que Camila disse em depoimento para não atrapalhar o andamento da investigação, mas ressaltou que outras pessoas ainda estão sendo ouvidas para elucidar o caso.
Além deste inquérito, em que é a vítima de uma tentativa de homicídio, Camila responde a outro processo, desta vez como suspeita. Ela foi apontada pela polícia como uma das líderes de uma organização criminosa responsável pelo tráfico de drogas em Curitiba e teria assumido a função depois da morte de seu marido, Ricardo Marodin, no ano passado. Ela chegou a ser presa por conta desse processo, mas conseguiu o habeas corpus e respondia em liberdade até descumprir as regras de uso da tornozeleira eletrônica.