Segurança
Caso Rachel Genofre: Carlos Eduardo é condenado a 50 anos de prisão


Carlos Eduardo dos Santos, réu pela morte da garota Rachel Genofre, em novembro de 2008, foi condenado a 50 de prisão, nesta quarta-feira (12), no Tribunal do Júri, em Curitiba. Ele está preso na Penitenciária de Sorocaba, no interior de São Paulo, onde cumpre pena por outros crimes.
O julgamento ocorreu de portas fechadas já que o caso corria em segredo de justiça e durou aproximadamente dez horas. Diante do júri composto por dois homens e cinco mulheres, o homem confessou o crime e a sentença foi anunciada por volta das 23 horas pelo juiz. Ele vai responder por homicídio triplamente qualificado mediante meio cruel, asfixia e ocultação de cadáver, além de atentado violento ao pudor.
Rachel foi encontrada morta dentro de uma mala, na Rodoferroviária de Curitiba. A garota, que tinha nove anos na época, saiu da escola onde estudava e não foi mais vista. O corpo só foi achado três dias depois.

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Julgamento
O julgamento de Carlos Eduardo dos Santos começou nesta quarta-feira (12), por volta das 13h40, no Tribunal do Júri, em Curitiba.
Quatro testemunhas de acusação, sendo os pais de Rachel Genofre, uma investigadora da Polícia Civil e a também a delegada Camila Cecconello, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que atuou na identificação do suspeito, foram ouvidas no julgamento bem como as de defesa, um vigilante da rodoferroviária, o homem que fez a venda mala, onde o corpo foi encontrado, além da delegada que cuidou do caso em 2008.
O caso
O crime contra Rachel Genofre ganhou repercussão nacional pela forma em que foi cometido e, onze anos depois, a polícia identificou o autor graças à comparação de DNA recolhido na cena do crime a um banco de perfis genéticos de suspeitos.
O corpo da menina foi encontrado na Rodoferroviária de Curitiba, no dia 5 de novembro de 2008, dois dias depois dela desaparecer, na saída do Instituto de Educação, no Centro de Curitiba. Ela foi localizada embaixo de uma escada, numa mala, envolvida em dois lençóis. Laudos técnicos da Polícia Científica do Paraná comprovaram que Rachel sofreu violência sexual.
Em depoimento à polícia, Carlos Eduardo confessou que atraiu a menina, que saía do colégio, dizendo que era diretor de um programa infantil e que ela teria sido selecionada para participar. Assim que foi até o apartamento do acusado, Rachel teria pedido por socorro, mas acabou assassinada.
