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O evento propõe uma imersão no universo Guarani Mbyá a partir da perspectiva dos próprios indígenas
A exposição da UFPR Mbyá Rekó Arandu estreia no Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade Federal do Paraná (MAE-UFPR) no dia 3 de julho em Paranaguá, no Litoral do Paraná. O evento propõe uma imersão no universo Guarani Mbyá a partir da perspectiva dos próprios indígenas.
Com registros fotográficos e audiovisuais produzidos por pesquisadores das aldeias Guarani Mbyá do litoral paranaense, a exposição da UFPR convida o público a conhecer aspectos fundamentais da cultura indígena — como o vínculo com o território, a espiritualidade, a língua e a luta pela preservação dos modos de vida tradicionais.
A exposição reúne contribuições das comunidades Araçaí (Piraquara), Karaguatá Poty e Guaviraty (Pontal do Paraná), Pindoty (Paranaguá), Kuaray Haxá (Morretes) e Kuaray Guata Porã (Guaraqueçaba), com curadoria e produção feitas em conjunto com o museu.
Entre os destaques, estão seis elementos considerados bens culturais pelos Mbyá:
A exposição faz um diálogo com o acervo do MAE-UFPR, integrando peças museológicas e saberes vivos das aldeias.Segundo a diretora do museu, Bruna Marina Portela, o projeto reafirma o papel do MAE como espaço de escuta e valorização das vozes indígenas. “Apoiar esta iniciativa é reforçar o compromisso com a diversidade cultural e garantir que as comunidades tenham protagonismo na construção das narrativas”, afirma.
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A exposição da UFPR é fruto do Programa TCP de Gestão dos Bens Culturais Guarani Mbyá, desenvolvido pelo Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A iniciativa teve apoio técnico da empresa Acquaplan Tecnologia e Consultoria Ambiental, com coordenação da antropóloga Bruna Reis.
De acordo com Kayo Zaiats, gerente de Saúde, Segurança do Trabalho e Meio Ambiente do TCP, a proposta da mostra surgiu da escuta direta às comunidades: “Foram mais de 12 meses de trabalho coletivo, com formação, apoio técnico e equipamentos para que os próprios pesquisadores indígenas pudessem documentar o que consideram mais importante. Essa exposição é a materialização desse processo”.
A museóloga do MAE-UFPR, Ana Luisa de Mello Nascimento, que coordenou o projeto expográfico, reforça que todo o percurso curatorial foi feito em diálogo com os representantes indígenas. “Eles estiveram presentes em todas as decisões. Do conteúdo à disposição dos materiais no espaço, cada escolha refletiu os valores e sentidos da cultura Mbyá”, destaca.
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