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Golpe do falso advogado atinge milhares de brasileiros: veja como se proteger

Os criminosos usam informações verdadeiras para enganar, ameaçar vítimas e extorquir dinheiro.

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Foto: Reprodução/Freepik

O Golpe do Falso Advogado está se tornando cada vez mais comum no Brasil e é praticado por organizações criminosas que se utilizam da identidade de supostos advogados ou escritórios jurídicos.

De acordo com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), até maio de 2025, já haviam sido registradas 2.181 ocorrências formais relacionadas a esse tipo de golpe.

Criminosos aplicam golpes em pessoas que têm ações judiciais em trâmite

Os criminosos usam informações verdadeiras, como nomes, fotos, registros da OAB ou até mesmo dados sobre processos judiciais, para enganar, ameaçar vítimas e extorquir dinheiro.

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As principais vítimas são pessoas que possuem ações judiciais em andamento, precatórios, RPVs ou que têm histórico de demandas judiciais, especialmente na esfera federal.

Veja como os falsos advogados praticam a fraude

Os criminosos conseguem acessar informações públicas de processos judiciais e, de posse desses dados, abordam clientes ou partes envolvidas. Eles se apresentam como advogados, secretários ou representantes de escritórios e induzem a vítima a realizar pagamentos. Entre as formas mais comuns estão:

  • Clonagem ou invasão de contas de WhatsApp de advogados;
  • Uso de logotipos e fotos para criar perfis falsos;
  • Contato por números aleatórios, fingindo ser integrantes de um escritório.

Os criminosos que aplicam o Golpe do Falso Advogado informam que a vítima tem direito a receber um valor decorrente de decisão judicial.

Eles afirmam que a vítima tem direito a valores de decisões judiciais já encerradas, geralmente ligados a revisões previdenciárias, indenizações ou precatórios, e enviam documentos falsificados para dar credibilidade à fraude, como:

  • Brasões da República e timbres oficiais do TRF ou TJSP;
  • Cópias forjadas de sentenças ou despachos judiciais;
  • Tabelas de cálculos supostamente feitas por peritos;
  • Ofícios de liberação de valores assinados por juízes ou servidores (cujas identidades são muitas vezes reais, mas indevidamente utilizadas);
  • Peças processuais baixadas de sistemas oficiais, adulteradas e enviadas com timbres de advogados.

Em seguida, o criminoso solicita valores antecipados para a liberação dos supostos créditos, como “taxa de desbloqueio”, “emolumentos finais”, “despesas cartorárias”, “taxa de transferência”, “imposto de renda” ou até mesmo “IVA”.

Criminosos exigem Pix durante golpe

Os pagamentos são exigidos via PIX ou depósito bancário para contas de terceiros (geralmente pessoas físicas ou empresas de fachada). Após a transação, os criminosos encerram o contato, bloqueando a vítima.

A Justiça Federal orienta os brasileiros a tomarem alguns cuidados para não cair no golpe:

  • Nunca realize pagamentos antecipados sem confirmação formal junto ao seu advogado de confiança, além de verificar se o titular da conta indicada é, de fato, seu advogado;
  • Desconfie de contatos inesperados, principalmente por WhatsApp ou telefone, que peçam urgência e utilizem linguagem excessivamente técnica;
  • Confirme a identidade do profissional na OAB (Consulta de Inscritos) ou com o escritório que ele diz representar;
  • Jamais forneça dados pessoais ou bancários por telefone ou mensagem sem verificar a autenticidade do contato;
  • Exija atendimento presencial ou por canais oficiais do escritório ou do profissional constituído;
  • Verifique sempre o domínio do e-mail ou site utilizado para contato.

Em caso de suspeita de golpe, é necessário avisar imediatamente seu advogado; registrar boletim de ocorrência na delegacia mais próxima ou pela Delegacia Eletrônica; e, se possível, não excluir mensagens, áudios, vídeos ou documentos enviados, pois podem servir como prova.

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