cenário de guerra
Novas imagens mostram antes e depois de Rio Bonito do Iguaçu
LAUDO DO SIMEPAR
A Escala Fujita varia entre F0 e F5.
O laudo técnico do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) elevou o grau dos tornados que atingiram o Paraná no dia 7 de novembro.
O relatório detalha a trajetória e a classificação dos três tornados. O trabalho descrito no documento elevou para F4 a categoria na escala de Fujita dos fenômenos que atingiram Rio Bonito do Iguaçu e Guarapuava.
Já para Turvo, também no Paraná, o grau do tornado se manteve em F2. De acordo com o Simepar, 11 municípios foram atingidos:
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O documento reúne análises produzidas a partir da integração de meteorologia operacional, geointeligência, sensoriamento remoto e estudos geoespaciais. O trabalho mobilizou todas as áreas do Simepar, com apoio do Corpo de Bombeiros, do Instituto Água e Terra e da Defesa Civil estadual, permitindo compreender o evento e gerar informações essenciais para o planejamento territorial e a gestão de risco.
A conclusão aponta que o episódio está entre os maiores do tipo no Paraná nos últimos 30 anos, devido ao número de tornados envolvidos, ao total de pessoas atingidas e ao grau de destruição registrado ao longo das trajetórias.
A análise concluiu que o ramo frio de um ciclone extratropical que atuou sobre o Sul do Brasil favoreceu a formação de tempestades intensas no Paraná em 7 de novembro. Algumas dessas nuvens, em um ambiente de forte instabilidade, ganharam ainda mais intensidade e evoluíram para supercélulas com rotação vertical. O cisalhamento acentuado do vento e o transporte de ar quente e úmido também tiveram papel fundamental no fortalecimento dessas tempestades.
Duas dessas supercélulas ocasionaram três tornados nas regiões Sudoeste e Centro-Sul do Paraná. A classificação seguiu a Escala Fujita, que determina a intensidade do fenômeno a partir dos danos e das velocidades estimadas do vento.
As evidências foram reunidas a partir de registros feitos pelo meteorologista Reinaldo Kneib, que sobrevoou de helicóptero as áreas entre Espigão Alto do Iguaçu, Rio Bonito do Iguaçu, Virmond e o distrito de Entre Rios, em Guarapuava, nos dois dias posteriores ao evento. Ele também registrou danos em solo na área urbana de Rio Bonito do Iguaçu. Além disso, a equipe analisou imagens, vídeos e relatos enviados por moradores e outras fontes.
A Escala Fujita classifica os tornados de acordo com a severidade dos danos e a velocidade estimada dos ventos, variando de F0 a F5.
Tornados F1 apresentam intensidade moderada, com ventos entre 116 e 180 km/h. Os F2 têm severidade considerável e ventos de 180 a 253 km/h. Os F3 são classificados como severos, com velocidades entre 253 e 332 km/h. Já os F4 são devastadores, alcançando de 332 a 418 km/h.
A escala se completa com o F0, de intensidade leve, com ventos de 65 a 116 km/h, e o F5, o nível máximo, descrito como “incrível”, com ventos que variam de 418 a 511 km/h.
O Tornado 1 percorreu cerca de 75 km e afetou uma área de mais de 12 mil hectares. Sua largura variou de 750 metros, em Quedas do Iguaçu, a 3.250 metros na região mais atingida, em Rio Bonito do Iguaçu, com média de 1.850 metros. Nesse município, atingiu intensidade F4, provocando destruição generalizada, arremesso de veículos e tombamento de caminhão.
O Tornado 2, em Guarapuava, também apresentou danos compatíveis com a categoria F4, incluindo destruição extensa da vegetação, colapso de casas de alvenaria e o arremesso de um container por aproximadamente 150 metros. Ele percorreu 44 km, com área de impacto estimada em 2.301 hectares e largura entre 500 e 1.160 metros.
O Tornado 3 teve o menor percurso, 12 km, atingindo 570 hectares. Suas larguras variaram de 400 a 675 metros, com média de 525 metros.
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