CUIDADOS COM OS PETS

Tem pet em casa? Saiba como protegê-lo durante os fogos

Os sons altos e dos fogos estão entre os principais fatores de estresse para pets.

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Foto: Reprodução/Freepik

Seu cachorro ou gato tem medo de fogos de artifício? A chegada do Ano Novo costuma ser marcada por comemorações e queima de fogos.

No entanto, para os pets esse cenário pode representar um período de intenso sofrimento e riscos à saúde.

Fogos de artifício estão entre os principais fatores de estresse para pets

De acordo com a médica veterinária Stephanie Silva, da Vetnatural, os sons altos e imprevisíveis dos fogos de artifício estão entre os principais fatores de estresse para os cachorros e gatos.

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Ela explica que a audição dos pets é muito mais sensível do que a dos humanos, o que faz com que o barulho provoque medo extremo.

“Esse estresse pode desencadear fugas, quedas, atropelamentos, convulsões, traumas físicos e, em casos mais graves, até o óbito. Não é apenas um incômodo momentâneo, mas um risco real à saúde e à segurança dos animais”, explica a veterinária.

Como os tutores devem agir durante a queima de fogos

Stephanie Silva orienta que os tutores fiquem atentos aos sinais de pânico durante a queima de fogos. Entre os principais estão:

  • Taquicardia;
  • Respiração ofegante;
  • Tremores;
  • Latidos e/ou choros intensos;
  • Tentativas de fuga;
  • Correr de forma desorientada;
  • Lambedura compulsiva das patas;
  • Isolamento.

“Esses comportamentos indicam sofrimento emocional e mostram a importância de se preparar previamente para essas datas”, reforça.

De acordo com a médica veterinária, da Vetnatural, medidas simples dentro de casa já ajudam a reduzir bastante o impacto do barulho. Criar um ambiente seguro e acolhedor, separar um cômodo mais silencioso com caminha, cobertores e objetos familiares ao pet são atitudes fundamentais. 

“Manter portas e janelas fechadas ajuda a reduzir o som externo e evita fugas. Sons ambientes suaves ou músicas relaxantes também podem trazer mais conforto”, orienta.

A fisioterapeuta curitibana Viviane de Paula, de 56 anos, é tutora de três gatos e uma cachorra. Ela contou ao Massa.com.br que seus animais sofrem durante a queima de fogos de artifício.

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“Eles ficam assustados sim, cada um do seu jeitinho. Tenho três gatinhos e eles são mais sensíveis aos barulhos, costumam se esconder quando começam os fogos, enquanto a minha cachorrinha fica inquieta e procura ficar sempre por perto”, contou.

Viviane relatou que, durante essa época festiva, prepara a casa para deixar os pets mais tranquilos. “Fecho portas e janelas, deixo o ambiente mais silencioso, coloco uma música suave e tento manter uma rotina calma. Também fico junto deles, faço carinho, converso com voz baixa e passo segurança, porque eles sentem muito o nosso estado emocional”.

Além disso, ela reforçou que deixa os cantos da casa de que eles mais gostam confortáveis, com cobertas e brinquedos. “Pode não acabar totalmente com o medo, mas ajuda bastante a passar por esse momento com mais tranquilidade e muito carinho”.

Felipe, tutor do Pipoca, coloca caixas de ovos dentro do guarda-roupa para abafar o som dos fogos e ajudar a tranquilizar o pet. Segundo ele, o animal entra no local para se proteger do barulho.

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Veja se é recomendado medicar os pets durante os fogos

O uso de ansiolíticos pode ser necessário em alguns casos, mas, segundo Stephanie Silva, nunca deve ser feito sem orientação profissional. A veterinária explica que existem alternativas naturais, como nutracêuticos com ativos calmantes, florais e outras abordagens integrativas.

“Cada animal precisa ser avaliado de forma individual, considerando histórico de saúde e grau de ansiedade”, destaca.

Cães e gatos reagem aos fogos de forma diferente

A médica veterinária Stephanie Silva ressalta que as reações variam entre as espécies. Os cães costumam demonstrar o medo de maneira mais evidente, com vocalizações intensas, tremores e agitação. 

Já os gatos tendem a manifestar o estresse de forma mais discreta, se isolando, mudando o apetite ou o local onde fazem suas necessidades. Filhotes e idosos, segundo ela, exigem cuidados redobrados, especialmente por serem mais vulneráveis a convulsões, fugas e desorientação.

Para quem vai viajar com o animal, a veterinária reforça a importância de ambientes seguros, transporte adequado e manutenção da rotina de alimentação e descanso.

Alimentos da ceia representam risco aos cachorros e gatos

A médica veterinária Stephanie Silva, chama atenção para o aumento dos casos de intoxicação no fim de ano. Uvas, passas, chocolates, bebidas alcoólicas, cebola, alho, macadâmias, café, açaí e restos de churrasco estão entre os principais vilões. 

“Esses alimentos podem causar intoxicações graves, alterações neurológicas, falência renal e até levar o animal a óbito”, alerta.

Em caso de ingestão acidental, Stephanie Silva orienta que o tutor procure atendimento veterinário imediatamente, já que o tempo é determinante para reduzir complicações.

Segundo Stephanie Silva, manter vacinas em dia, avaliar o controle de pulgas e carrapatos e revisar a vermifugação são cuidados que devem ser reforçados nessa época, especialmente em casos de viagem. 

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