Vida Animal
Fim do home office e ansiedade da separação: saiba identificar se o seu cachorro está sofrendo com a sua ausência


O avanço da vacinação contra a covid-19 está trazendo uma nova realidade para os trabalhadores brasileiros. Um estudo divulgado pela consultoria KGPM revelou que 66% das empresas previam voltar ao trabalho presencial até o final de 2021. Entretanto, essa retomada trouxe um novo problema para as famílias brasileiras: a ansiedade de separação em cães. Durante a pandemia, muitas famílias acabaram ficando mais tempo com seus pets e com isso, cachorros passaram a ter mais tempo de qualidade com seus tutores. Mas o retorno presencial ao trabalho vem aumentando as crises de ansiedade dos bichinhos.
“Esse é um comportamento típico dos cachorros. Não existe uma causa específica, mas está muito ligada à parte comportamental e psicológica dos animais, sendo que quem normalmente inicia esse processo é o próprio tutor. Aquelas pessoas que têm como hábito fazer despedidas longas, emotivas, ou ainda, fazer uma festa quando retornam estão reforçando esse comportamento, fazendo com que os cachorros entendam que ficar sozinho não é bom”, explica a médica veterinária Marina Tiba, da Organnact, marca líder em suplementação para pets.
Além disso, comportamentos como a ausência de passeios externos e a falta de contato com outros animais podem desencadear um comportamento de ansiedade no cachorro. “Quando o cachorro não gasta a energia, eles vão ‘guardando’ ansiedade e junto à síndrome da separação, vão manifestando alguns comportamentos típicos, como destruir sofás, cadeiras, ou ainda passar o dia latindo. Também tem aqueles casos em que quando o tutor faz uma voz diferente, ele já faz xixi. Isso tudo é ansiedade e precisa ser tratada”, conta a veterinária.
Como mudar esse quadro?
Conforme lembrou Marina, grande parte da responsabilidade na ansiedade dos cães é ocasionada pelo próprio dono do animal. Por isso, é preciso, antes de tudo, rever atitudes diárias. “A gente sabe que a hora de chegar em casa é sempre difícil não fazer uma festa com os cachorros, mas é preciso pensar no animal. Também evitar aquelas despedidas muito emotivas ajuda bastante à adaptação na nova rotina”, diz ela.
Também é preciso cuidar com as conhecidas “recompensas”. Ficar oferecendo petisco o tempo todo como uma forma de compensar o tempo que o cão passou sozinho pode ser perigoso, pois pode levar facilmente à obesidade, o que piora ainda mais o quadro de ansiedade. Uma das saídas é enriquecer o ambiente com brinquedos, ou ainda programar idas a creches de cachorros, para que ele conviva com outros animais.
“Hoje no mercado existem alguns produtos como o Calmyn Dog Sticks, da Organnact, que além de ser um petisco funcional, é hipocalórico, não levando à obesidade. Como ponto chave, o Calmyn possui triptofano, um aminoácido precursor da serotonina, hormônio que dá sensação de bem-estar. Deste modo, o animal fica mais calmo, tranquilo, além de proporcionar distração para os cães, que ficam roendo o petisco. Inclusive, essa é uma boa opção para o tratamento de ansiedade crônica em cães”, finaliza a médica.